A Comissão Nacional de Saúde da China decidiu restringir a divulgação de casos de Covid-19, a partir desta quarta-feira (14).
A decisão considera a queda acentuada do volume de testes de PCR para detecção da doença desde que o governo relaxou medidas de combate ao vírus.
+ Envie esta notícia no seu WhatsApp
+ Envie esta notícia no seu Telegram
Conforme o comunicado, a comissão não irá mais publicar números diários sobre casos da doença em que não sejam identificados sintomas.
Para a Comissão, ficou “impossível apurar com precisão o total de pessoas assintomáticas infectadas”, que geralmente respondem pela maior parte dos novos casos.
Os únicos dados a ser divulgados serão de casos confirmados em instalações de teste públicas, segundo a comissão chinesa.
China e política Covid zero
A mudança impõe um grande desafio à China, que vem revertendo sua política de “Covid zero”.
Como o teste de PCR em massa deixou de ser obrigatório e pessoas com sintomas leves agora podem se recuperar em casa, em vez de se internarem em hospitais de campanha, ficou mais difícil quantificar o número real de casos.
RELACIONADAS
+ China tem reabertura lenta após aliviar restrições da Covid-19
+ Covid-19: AM tem 915 mil pessoas com 3ª dose da vacina atrasada
+ Covid no Brasil: país registra 261 mortes e mais de 66 mil casos em 24h
Sem a contagem de casos assintomáticos, a China divulgou apenas 2.249 infecções “confirmadas” nesta quarta.
O número divulgado eleva o total em âmbito nacional para 369.918, mais do que o dobro do patamar observado em 1º de outubro.
Desde o início da pandemia, a China contabilizou 5.235 mortes por Covid-19, ante 1,1 milhão de óbitos nos EUA.