O número de jornalistas presos bateu recorde em 2022, é o que revelou nesta semana a Organização Repórteres sem Fronteiras.
O levantamento divulgado nesta quarta-feira (14), mostrou que 533 profissionais da imprensa foram presos em 2022 em todo o mundo.
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Jornalistas
O número de detenções bateu o recorde desde que a ONG passou a contabilizar esses dados, em 1995, e é 13,4% maior do que o de 2021.
O relatório dos Repórteres sem Fronteiras também registrou que 57 jornalistas ou colaboradores da mídia foram mortos entre 1º de janeiro e 1º de dezembro de 2022.
Os dados aumentaram 18,8% em relação ao ano passado, quando 48 profissionais foram assassinados.
Para a organização, a guerra entre Rússia e Ucrânia é uma das causas desse aumento, com o número de profissionais da comunicação mortos em zonas de conflito chegando a quase 35% do total.
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Américas
Quase metade dos profissionais de imprensa foram assassinados nas Américas: 47,4% do total.
“Com 27 mortos, a região das Américas apresentou o maior número de jornalistas assassinados em 20 anos”, disse o levantamento da ONG.
O México, com 11 jornalistas mortos, o Haiti, com seis, e o Brasil, com três, contribuem para tornar a região a mais perigosa do mundo para os profissionais.
Entre as mortes registradas no Brasil, estão incluídas a do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, que é classificado pela organização como um colaborador da mídia.
Eles documentavam a luta de tribos indígenas da Amazônia contra a caça ilegal, o garimpo e a extração ilegal de madeira, quando foram assassinados e esquartejados, em junho deste ano.
O balanço também traz a informação de que pelo menos 65 jornalistas e colaboradores da mídia estão sendo mantidos reféns em todo o mundo.
Outros dois comunicadores também desapareceram em 2022, elevando para 49 o número de profissionais da imprensa desaparecidos atualmente.