O Credit Suisse anunciou na noite desta quarta-feira (15) que irá tomar um empréstimo de 50 bilhões de francos (US$ 54 bilhões) do Banco Central Suíço, para “fortalecer preventivamente sua liquidez”.
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A instituição financeira enfrenta dificuldades para se sustentar há meses, sem conseguir se recuperar do impacto causado pelos prejuízos do fundo Archegos Capital Management, em 2021.
“As medidas são um movimento decisivo para fortalecer o Credit Suisse, enquanto continuamos a transformação estratégica para criar valor para os nossos clientes e outras partes interessadas”, afirma o CEO do banco, Ulrich Koerner, citado em comunicado.
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O segundo maior banco do país também anunciou uma série de operações para reaquisição de dívida, no valor de cerca de 3 bilhões de francos suíços, ou 3,04 bilhões de euros.
A notícia do empréstimo de curto prazo é conhecida horas após o Banco Nacional da Suíça e o supervisor financeiro do país terem garantido liquidez ao Credit Suisse, em caso de necessidade, diante do que é considerado o pior momento do banco em 167 anos.
Desde a semana passada, o Credit Suisse perdeu cerca de 30% do valor na bolsa de Zurique.
A instituição vive uma crise interna desde 2019, que se agravou agora com o abalo causado pelo colapso do Silicon Valley Bank, nos Estados Unidos.
As ações do Credit Suisse desvalorizaram-se nessa quarta-feira (15) para um patamar abaixo de dois francos suíços, ou 2,03 euros.
As bolsas europeias sofreram, em consequência, fortes quedas por causa das dificuldades da instituição.
O Banco Nacional da Suíça e a Finma enfatizaram que “a atual turbulência no mercado bancário não sugere que haja risco de contágio direto para os estabelecimentos suíços”.