A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta semana que a variante Ômicron da Covid-19 se tornou predominante no mundo e está presente em 98% das sequências genéticas.
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O anúncio foi realizado após a atualização do monitoramento do coronavírus nesta semana.
Os dados apontam que a variante Ômicron continua evoluindo.
Nesse contexto, a OMS atualizou seu sistema de rastreamento e definições para variantes do SARS-CoV-2.
O objetivo da atualização é para melhor corresponder ao atual cenário global, para avaliar independentemente sublinhagens da Ômicron em circulação e classificar novas variantes com mais clareza.
Desde o início da pandemia, múltiplas variantes de preocupação e variantes de interesse foram designadas pela OMS com base em seu potencial avaliado de expansão e substituição de variantes anteriores, por causar novas ondas com aumento da circulação, e pela necessidade de ajustes nas ações de saúde pública.
São três classificações “variantes de preocupação”, “variantes de interesse” e “sob monitoramento”.
A classificação das “variantes de preocupação” reúne as linhagens do novo coronavírus que apresentam alterações que podem afetar as propriedades do vírus, com uma ou mais implicações, incluindo o aumento da capacidade de transmissão ou da gravidade da doença, além de impactos para a eficácia das vacinas, medicamentos e métodos de diagnóstico.
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Mudanças variante Ômicron
Com base evidências de estudos clínicos e epidemiológicos, há consenso entre os especialistas do Grupo Técnico Consultivo da OMS sobre a Evolução do Vírus SARS-CoV-2.
Em comparação com as variantes anteriores, a variante Ômicron representa a variante de preocupação mais divergente vista até o momento.
Desde o seu surgimento, as linhagens da Ômicron continuaram a evoluir geneticamente com uma gama crescente de sublinhagens.
Até agora foram todas caracterizadas por propriedades de evasão da imunidade da população existente e uma preferência para infectar o trato respiratório superior, em vez do trato respiratório inferior, em comparação com outras variantes como Alfa, Beta, Gama e Delta.
Segundo a OMS, a Ômicron representa mais de 98% das sequências publicamente disponíveis desde fevereiro de 2022.
A estrutura genética da Ômicron é a base mais provável a partir da qual novas variações do vírus podem surgir.
No entanto, o surgimento de variantes completamente novas ou derivadas de outras linhagens não está descartada.
O sistema anterior da OMS classificava todas as sublinhagens Ômicron como parte da variante de preocupação principal.
O que poderia deixar passar informações mais específicas de cada sublinhagem.
Classificação de sublinhagens
Pensando nisso, a partir de 15 de março, o sistema de rastreamento de variantes da OMS passou a considerar a classificação de sublinhagens Ômicron de maneira independente, podendo ser classificadas como um dos três critérios como variantes sob monitoramento, de interesse ou de preocupação.
O objetivo é mapear avanços evolucionários do coronavírus que necessitem de intervenções de saúde pública.
A análise da OMS enfatiza que este tipo de monitoramento serve para melhor identificar potenciais ameaças.
Conforme a última atualização da OMS, foram confirmados mais de 760 milhões casos da doença e cerca de 6,8 milhões mortes acumuladas.
Mais de 13 bilhões de doses de vacinas foram administradas até o momento no mundo.