Uma nova espécie de aranha gigante possivelmente ameaçada de extinção foi descrita por pesquisadores e batizada com o nome científico de Euoplos dignitas.
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O aracnídeo aranha-de-alçapão é de grande porte e vive apenas em Brigalow Belt, no centro de Queensland, na Austrália.
A descoberta da nova aranha gigante foi publicada em 15 de março no periódico Bio One Complete.
Segundo o Museu de Queensland, em comunicado, como repercutido pela Galileu, o raro aracnídeo ganhou nomenclatura derivada do latim dignitas, que significa “dignidade” ou “grandeza”, isso em decorrência de seu tamanho.
O nome dignitas também faz alusão ao projeto DIG, uma parceria entre a Queensland Museum Network, a mineradora BHP e a BHP Mitsubishi Alliance (BMA), que apoiou a pesquisa.
“Euoplos dignitas vive em habitats de florestas abertas construindo suas tocas em solo preto”, informou o Museu de Queensland, em uma publicação no Facebook. “Infelizmente, muito de seu habitat foi perdido devido ao desmatamento, tornando-o provavelmente uma espécie ameaçada de extinção.”
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Ameaça de extinção da aranha gigante
As florestas semiáridas onde a aranha gigante ocorre ocupavam anteriormente grandes áreas do leste de Queensland, a oeste da Great Dividing Range.
Essas florestas foram fragmentadas por mais de 150 anos de desenvolvimento humano e agora incluem algumas das comunidades ecológicas mais ameaçadas de Queensland.
Mesmo que não tenha sido descrita antes, a nova espécie de aranha já era conhecida em alguns locais ao redor de Eidsvold e Monto, no centro do estado australiano.
O habitat dela recebe pouca atenção científica, apesar de ser uma área em perigo.
De acordo com Michael Rix, principal aracnologista do museu local, ao site Unilad, as fêmeas, com quase cinco centímetros de comprimento corporal, são as maiores aranhas-de-alçapão entre os dois sexos.
“Elas têm esses alçapões realmente enigmáticos nesses habitats florestais no chão e a maioria das pessoas nem percebe que elas estão lá”, contou ao site.
Será realizado um trabalho de campo direcionado, em toda a biorregião de Brigalow Belt (Norte), para construir coleções de museus, pelo projeto desenvolvido pelo Museu de Queensland que permitiu descrever a nova aranha-de-alçapão.
Essas coleções de museus permitirão a documentação de outras espécies inéditas e a compreensão de status de conservação de espécies endêmicas.