A foto da grávida que morreu em Mariupol, em março de 2022, durante a guerra na Ucrânia, foi a grande vencedora de um dos principais prêmios de fotojornalismo do mundo.
A World Press Photo anunciou o vencedor do prêmio fotojornalismo do mundo nesta quinta-feira (20).
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A grávida estava preste a dar à luz, a imagem dela em uma maca sendo transferida para outro hospital, foi uma das cenas mais marcantes da guerra na Ucrânia.
Guerra na Ucrânia
Os ataques da Rússia às cidades ucranianas resultaram em sofrimento generalizado e na morte de pelo menos 21.000 civis, de acordo com o Escritório de Direitos Humanos da ONU Quando as forças russas invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, elas imediatamente atacaram o estrategicamente importante porto de Mariupol, no Mar de Azov.
O bombardeio russo devastou a cidade, incluindo vários alvos civis, como a maternidade fotografada.
A cidade foi tomada em dias, ficou sitiada e ainda está sob controle russo.
Evgeniy Maloletka
A foto, de autoria do jornalista ucraniano Evgeniy Maloletka, da agência de notícias norte-americana Associated Press, foi tirada em Mariupol, a cidade no sul da Ucrânia que sofreu a invasão mais agressiva e veloz por parte das tropas russas.
Ele também cobriu a Revolução Euromaidan, os protestos na Bielo-Rússia, a guerra de Nagorno-Karabakh e a pandemia de Covid-19 na Ucrânia.
Mulher grávida
A mulher grávida fotogravada viu o filho nascer morto, e logo após morreu devido aos feridos da explosão na maternidade.
World Press Photo
A World Press Photo é uma organização sem fins lucrativos que anualmente premia imagens do fotojornalismo mundial.
O júri sentiu que a imagem captura o absurdo e o horror da guerra.
“É uma representação precisa dos eventos do ano e evidências dos crimes de guerra cometidos contra civis ucranianos pelas forças russas. A imagem surge como um fato histórico profundamente doloroso e destaca o assassinato de futuras gerações de ucranianos”, diz um trecho da decisão da escolha da premiação para foto.
Ao dar uma plataforma à imagem, o júri espera que o mundo pare e reconheça as intoleráveis realidades desta guerra e considere o futuro da Ucrânia.
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