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Papa Francisco permite que mulheres votem na próxima reunião dos bispos

Em discurso na Missa do Galo, o Papa criticou a ganância e a fome de poder - Foto: Foto: Gregorio Borgia/Associated Press/Estadão Conteúdo

Papa Francisco em discurso na Missa do Galo - Foto: Gregorio Borgia/Associated Press/Estadão Conteúdo

O Vaticano anunciou nesta quarta-feira (26), que o papa Francisco permitirá, pela primeira vez, que as mulheres votem na próxima reunião de bispos.

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A permissão foi concedida já para outubro deste ano, onde um novo sinal dos esforços do pontífice será discutido para dar ao público feminino mais voz nos assuntos da Igreja Católica Romana.

O papa também aumentou o número de leigos que participarão em outubro do Sínodo dos Bispos, que ocorre periodicamente no Vaticano para discutir questões importantes, como o divórcio.

O próximo encontro, que reúne bispos do mundo todo, está centrado em promover um maior envolvimento dos fiéis à medida que a Igreja avança no assunto.

O sínodo aconselha o papa e é influente, embora apenas o pontífice defina a política da Igreja.

Em 2021, Francisco já havia alterado as leis para que as mulheres pudessem ler a Bíblia Sagrada na missa, servir no altar e distribuir a comunhão – práticas já comuns em muitos países.

Mas não vai tão longe quanto alguns defensores das mulheres esperavam.

As mudanças nas regras para a próxima reunião dos bispos foram divulgadas nesta quarta-feira em um documento que descreve as normas que regem o sínodo.

A maioria dos participantes permanecerá sendo os bispos, mas, de acordo com as novas normas aprovadas por Francisco, mais 70 membros não bispos foram acrescentados.

“Destes, pede-se que 50% sejam mulheres e que se destaque também a presença dos jovens”, segundo as diretrizes divulgadas, que acrescentam que, como sócios, terão direito de voto.

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Além disso, cinco freiras se juntarão a cinco clérigos para representar ordens religiosas, e também terão direito a voto.

O papa também pode adicionar outros participantes, disse o Vaticano.

Em sínodos anteriores, as mulheres participaram como auditoras.

Em 2018, os líderes de grupos dedicados a promover mulheres em cargos de liderança na Igreja Católica Romana.

Na ocasião, fizeram protestos no Vaticano exigindo que as participantes daquela reunião tivessem o direito de votar “em pé de igualdade com os irmãos em Cristo”.

Com isso, uma petição com mais de 9 mil assinaturas foi entregue ao secretário do sínodo.

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