O cearense, ativista, advogado e líder de comunidade, Ricardo Weibe Tapeba, atual secretário da Sesai (Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde) está participando da 76ª Assembleia Mundial da Saúde (AMS).

O órgão de decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS), em seu 75º aniversário que vai até 30 de maio, foi aberta no domingo (21), no Palais des Nations em Genebra, Suíça. 

Para o secretário, representar a comitiva do governo brasileiro, é um momento marcante.

“Para nós, que estamos representando a comitiva do governo brasileiro, é um momento marcante, porque a primeira vez que a OMS estará tratando de uma resolução sobre o tema da saúde dos povos índigenas, com uma medida iniciativa inclusive do governo brasileiro, né?”, disse.

Ainda conforme o secretário da Sesai, nesta sexta-feira e sábado (26 e 27) o brasileiro estará em um evento em Genebra, com intuito de dar visibilidade à resolução e com a embaixada estará representando o governo brasileiro.

“Na próxima sexta-feira nós estaremos realizando um evento aqui em Genebra, um evento pra dar visibilidade a essa resolução. E no sábado nós estaremos, evidentemente fazendo um debate sobre a minuta dessa resolução. Né, a ministra Nísia participa dessa atividade aqui em Genebra e deverá retornar na próxima quinta-feira. A embaixada continuará fazendo a defesa da resolução. Dever ficar aqui também representando o governo federal”, afirma.

Cearense Weibe Tapeba é anunciado como secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde. — Foto: Redes sociais/Reprodução
Cearense Weibe Tapeba é anunciado como secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde. — Foto: Redes sociais/Reprodução

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

Assembleia Mundial da Saúde

O evento conta com a participação de delegações de todos os Estados Membros da OMS e tem como foco uma agenda de saúde específica elaborada pelo Conselho Executivo. 

As principais funções são determinar as políticas da Organização, nomear o Diretor-Geral, supervisionar as políticas financeiras e revisar e aprovar o orçamento do programa proposto.

Em mensagem de vídeo para a abertura, no domingo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a paz depende da saúde. E que uma doença em uma nação põe em perigo a todos.

O líder das Nações Unidas ressaltou ainda a erradicação da varíola como “uma conquista significativa” nos esforços globais de saúde.

Já Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, disse haver ainda um caminho longo, mas com destino certo nos avanços.

O chefe da OMS apontou desafios complexos da agência à medida que as expectativas do mundo “crescem enormemente” em relação à agência.

Para ele, o fim da Covid-19 como uma emergência de saúde global ainda não é o término do coronavírus como uma ameaça à saúde humana.

“Ao comemorarmos o 75º aniversário da OMS, podemos nos orgulhar de nossas conquistas, mas devemos estar atentos às lições aprendidas, na medida em que fazermos a transição da fase emergencial da Covid-19 e criamos um futuro no qual todas as pessoas tenham acesso aos serviços de saúde de que necessitam”, afirmou o diretor-geral da OMS

Diretor-geral da OMS – Tedros Ghebreyesus – Foto: Reprodução/Nações Unidas

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, discursou na planária desta segunda-feira (22) destacando a retomada da agenda brasileira em defesa da equidade em saúde, da cultura de paz e do multilateralismo. 

“Quero também dizer que o Brasil está de volta, o que significa a retomada de nossa agenda em defesa da equidade em saúde, da cultura da paz e do multilateralismo, fundamentais neste tempo”, discursou.

OMS.png
Ministra da Saúde do Brasil – Nísia Trindade Foto: Divulgação/MS

RELACIONADAS

+ OMS alerta sobre riscos da inteligência artificial a saúde

+ Covid-19: fim da emergência global não é o fim da pandemia, diz OMS