Caçadores das Ilhas Faroe, arquipélago da Dinamarca, mataram centenas de golfinhos em eventos tradicionais nessa quarta-feira (14).
Nos registros das caçadas é possível ver o corpo dos golfinhos espalhados na faixa de areia e na água, manchada de sangue.
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A matança, conhecida como ‘grindadrap‘, é típica da região e conta com recordes de mais de 1,4 mil golfinhos abatidos nos eventos.
Os números de mortes revoltam a comunidade local e Organizações Não Governamentais (ONGs) que defendem os animais.
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Matança de golfinhos
As caçadas, que são consideradas uma tradição do povo, são questionadas pelos números elevados de abates.
A prática é autorizada pelo governo, que já defendeu a prática em 2021, após o evento alcançar o recorde de 1,4 mil mortes de golfinhos.
Na época, um porta-voz do governo informou que a caçada pode chocar quem não é habituado, mas é organizada e regulamentada.
Ainda assim, a população pressionou sobre os números elevados de abates, que fogem à ideia principal da tradição.
A caçada surgiu a partir de tradições alimentares locais e a carne produzida abastece gratuitamente a população local, sem exportações.
Em 2021, os ativistas da preservação levantavam o argumento de que o número elevado de mortes excedia a demanda da população, que era de apenas 53 mil habitantes.
Após a repercussão em 2021, o governo decidiu limitar a caçada tradicional a 500 animais por ano.