Durante reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), Kim Song, embaixador da Coreia do Norte, defendeu o recente lançamento de um míssil de longo alcance de seu país na quarta-feira (12).

Na ocasião, o embaixador acusou os Estados Unidos de levarem a situação no nordeste da Ásia “à beira de uma guerra nuclear”.

Diplomatas disseram que a aparição de Kim Song foi a primeira de um diplomata norte-coreano se dirigindo ao Conselho de Segurança desde 2017.

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Segundo o embaixador, o voo de teste do desenvolvimento do míssil Hwasong-18 foi um exercício legítimo do direito do país à autodefesa.

Ele disse que os Estados Unidos estão aumentando as tensões regionais com ameaças nucleares, enviando um submarino movido a energia nuclear para a Coreia do Sul.

Kim Song disse que o lançamento do míssil “não teve efeito negativo na segurança de um país vizinho”.

O embaixador da Coreia do Sul na ONU, Hwang Joon-kook, rebateu, perguntando como “um lançamento de ICBM (míssil balístico intercontinental) pode fazer com que os países vizinhos pareçam seguros?”.

Antes da reunião, uma declaração de nove membros do conselho, incluindo os EUA e Coreia do Sul, foi lida a repórteres condenando o lançamento “nos termos mais fortes possíveis”.

A irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un, Kim Yo Jong, criticou o Conselho de Segurança da ONU por convocar uma reunião para “promover uma briga”, ignorando a pressão dos EUA para uma guerra nuclear.

Em um comunicado divulgado pela mídia estatal, Kim Yo Jong chamou o conselho de “um novo mecanismo da Guerra Fria totalmente inclinado para os EUA e o Ocidente”.

Ela também alertou que os Estados Unidos pagariam um preço por sua hostilidade contra o Norte.

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