Acusado juntamente com seus dois filhos de ter inflado o valor de seus ativos imobiliários em 2010, Donald Trump criticou o julgamento iniciado nessa segunda-feira (2), em Nova York.
“É uma farsa” e uma “caça às bruxas”, afirmou Trump. “O que acontece aqui é uma tentativa de me prejudicar nas eleições”, acrescentou o ex-presidente.
Ele é o favorito nas primárias republicanas para retornar à Casa Branca no ano que vem.
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Trump passou parte da audiência conversando com os advogados Chris Kise e Alina Habba, que estavam ao seu lado no banco dos réus.
Na segunda fila, à direita de Trump, estava a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, que iniciou a investigação contra a empresa familiar do magnata e de dois dos seus filhos.
“A Justiça prevalecerá”, ressaltou a procuradora democrata, negra, que Trump chama de racista.
Letitia reclama dos acusados US$ 250 milhões e que eles sejam proibidos de voltar a dirigir uma empresa no estado de Nova York.
Embora não possa ser condenado à prisão por essa acusação, o julgamento civil contra Trump é uma antecipação da longa série de casos que o aguardam nos tribunais.
O bilionário é acusado criminalmente em quatro casos diferentes, o que não afetou a sua popularidade entre as bases republicanas.
“Votarei nele mesmo que ele atire em alguém no meio da Quinta Avenida”, comentou do lado de fora do tribunal Dion Cianei, 54 anos.
Perto dali, dezenas de moradores de Nova York protestaram contra Trump.
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‘Mais próspero do planeta’
No julgamento, a defesa lembrou que o “presidente construiu um dos impérios imobiliários mais prósperos do planeta” e negou qualquer irregularidade contábil ou fraude.
“Não se trata de nenhum complô, e sim de negócios”, afirmou sua advogada, Alina Habba.
O advogado de acusação, Kevin Wallace, lembrou que a fraude foi estabelecida legalmente.
Segundo ele, os réus inflaram “seus ativos entre US$ 812 milhões e 2,2 bilhões por ano” entre 2014 e 2021, como determinou na semana passada o juiz Engoron.
O juiz aceitou como válida a investigação da promotoria que mostrou a existência de “fraude contínua”.
Em consequência, o juiz ordenou a revogação das licenças comerciais no Estado de Nova York de Donald Trump e de seus dois filhos, vice-presidentes executivos da Trump Organization.
Além disso, houve o confisco das empresas que são alvo do processo.
Entretanto, Trump saiu do tribunal alegando que havia obtido uma vitória
O juiz sugeriu que o depoimento sobre as demonstrações financeiras de Trump de 2011 estava além do prazo legal.