O G20, grupo das maiores economias do mundo, vê com profunda preocupação o sofrimento humano e o impacto de guerras no mundo, conforme comunicado.

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Apesar disso, o documento não faz menção ao conflito Israel-Hamas. Nele, o G20 dá ainda as boas-vindas à presidência do Brasil, com início em dezembro próximo.

“Notamos com profunda preocupação o imenso sofrimento humano e o impacto adverso das guerras e conflitos em todo o mundo”, diz o G20. “A era de hoje não deve ser de guerra”, acrescentam os membros.

No documento, os representantes mencionam apenas a guerra na Ucrânia e reiteram apoio aos princípios do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

O conflito no Oriente Médio, contudo, não foi citado de forma explícita.

Essa possibilidade chegou a ser debatida pelos membros, mas optou-se por deixar de fora para não gerar discordâncias entre os que pudessem inviabilizar a publicação de um comunicado.

Reunião do bloco

Os representantes do G20 se reuniram em Marrakesh em torno da chamada “trilha financeira”, composta pelos ministros das Finanças e presidentes de Bancos Centrais dos países membros.

Pelo Brasil, participaram o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do BC brasileiro, Roberto Campos.

Outro alerta do documento é em relação ao desempenho econômico global.

Na visão dos membros, as perspectivas permanecem “moderadas, desiguais e cada vez mais divergentes”, a despeito da resiliência vista em meio a vários choques do redor do mundo.

“Embora as taxas de inflação global tenham diminuído em vários países, os riscos permanecem e a inflação subjacente é elevada e persistente”, diz o G20, no comunicado.

O grupo alerta para a necessidade de políticas fiscal e monetária “bem-calibradas”.

Segundo os membros, os riscos continuam inclinados para o lado negativo, dadas as tensões geoeconômicas, os fenômenos meteorológicos extremos, os desastres naturais e o aperto nas condições financeiras globais.

Nesse contexto, o G20 chama atenção para a necessidade de endereçar o problema das elevadas dívidas de países de baixa e média renda.

Por fim, o Grupo dá as boas-vindas ao Brasil, que assume a presidência do G20 em 1º de dezembro.

“Damos as boas-vindas à próxima Presidência do Brasil do G20 em 2024 e esperamos continuar o nosso trabalho no reforço da cooperação econômica global para alcançar um crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo”, concluem os membros, em comunicado.

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