O governo de Israel aprovou, nesta quarta-feira (22), o acordo mediado pelo Catar para uma trégua temporária em Gaza, após 45 dias de guerra com o grupo terrorista Hamas.
Cinquenta mulheres e crianças israelenses detidas em Gaza serão libertadas em troca de um cessar-fogo temporário de quatro dias.
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Além disso, espera-se que cerca de 150 mulheres e crianças palestinas sejam libertas das prisões no Israel.
Por outro lado, os estrangeiros mantidos como reféns não estão inclusos no acordo principal, mas ainda podem fazer parte de acordos separados que garantissem sua liberação durante o período de trégua.
Como parte do acordo, ao menos 300 caminhões de ajuda humanitária, incluindo combustível, serão autorizados a entrar na Faixa de Gaza.
Israel concordou em não pilotar drones durante seis horas por dia.
Entretanto, o governo assegurou que a guerra contra o Hamas deve continuar posteriormente, e Israel se recusará a permitir que os palestinos retornem às suas casas no norte de Gaza.
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, pediu, na noite desta terça-feira (21), em pronunciamento de rádio e TV o apoio de seu gabinete para aprovar o acordo.
O pedido público do primeiro-ministro serviu como pressão política, sobretudo sobre a ala mais radical do gabinete, ligada a partidos religiosos e de colonos judaicos na Cisjordânia.
Além disso, também foram registrados em Tel-Aviv protestos de israelenses para pressionar o governo a aprovar a troca.
O gabinete de crise de Netanyahu também se reuniu nos últimos dias com parentes dos reféns, que pediram esforços para a libertação
Inicialmente, a posição pública do Israel era de linha dura, recusando qualquer proposta de cessar-fogo até a libertação de todos os reféns.
Após 46 dias de guerra, com morte de reféns no período, Israel mudou sua posição.
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