Os Estados Unidos da América (EUA) vetaram nesta sexta-feira (8), uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) apoiada por quase todos os outros membros do Conselho de Segurança e muitas outras nações que exigiria um cessar-fogo imediato em Gaza, onde os civis palestinos enfrentam o que o chefe da ONU chama de “pesadelo humanitário”.
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O vice-embaixador dos EUA na ONU, Robert Wood, criticou o conselho após a votação por não ter condenado o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, no qual os militantes mataram cerca de 1,2 mil pessoas, a maioria civis, ou por não ter reconhecido o direito de Israel de se defender. Declarou que a suspensão da ação militar permitiria ao Hamas continuar a governar Gaza e “apenas plantar as sementes para a próxima guerra”.
“Por essa razão, embora os Estados Unidos apoiem fortemente uma paz duradoura, na qual tanto israelenses como palestinos possam viver em paz e segurança, não apoiamos os apelos a um cessar-fogo imediato”, explicou Wood.
Em um esforço fracassado para pressionar Washington a abandonar a sua oposição a um cessar-fogo, os ministros das Relações Exteriores de Arábia Saudita e outras nações árabes importantes, além da Turquia, estiveram em Washington nesta sexta-feira. Mas a reunião com o secretário de Estado, Antony Blinken, estava marcada para ocorrer somente após a votação na ONU.
A campanha militar de mais de dois meses de Israel matou mais de 17,4 mil pessoas em Gaza, sendo 70% delas mulheres e crianças, e feriu mais de 46 mil, segundo o Ministério da Saúde do território palestino, que afirma que muitas outras estão presas sob os escombros. O ministério não diferencia entre mortes de civis e combatentes.
O conselho convocou a reunião de emergência para ouvir o secretário-geral António Guterres, que pela primeira vez invocou o Artigo 99 da Carta da ONU, que permite a um chefe da ONU levantar ameaças à paz e segurança internacionais.
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