Ícone do site Portal Norte

Parlamento sul-coreano proíbe indústria de carne de cachorro

O parlamento da Coreia do Sul aprovou, nesta terça-feira (9), uma legislação que proíbe a indústria de carne de cachorro, que está em declínio no país.

Apelos públicos para a proibição cresceram bastante em meio a campanhas pelos direitos dos animais e preocupações com a imagem internacional do país.

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

A Assembleia Nacional aprovou o projeto de lei por uma votação de 208 a 0. O governo do presidente Yoon Suk-yeol apoia a proibição, portanto as etapas subsequentes para torná-la lei são consideradas uma formalidade.

Alguns criadores de cães irritados disseram que planejam entrar com uma apelação constitucional e lançar manifestações de protesto, uma sugestão de que o debate acalorado sobre a proibição continuará.

O consumo de carne de cachorro, uma prática secular na península coreana, não é explicitamente proibido nem legalizado na Coreia do Sul.

Pesquisas recentes mostram que mais pessoas querem a proibição e a maioria dos sul-coreanos não come mais carne de cachorro.

“Esta lei visa contribuir para a realização dos valores dos direitos dos animais, que buscam o respeito pela vida e uma coexistência harmoniosa entre humanos e animais”, diz a legislação.

RELACIONADAS

+ Líder da oposição na Coreia do Sul é atingido por faca no pescoço

+ Presidente da Coreia do sul sugere proibição do consumo de cachorros

Lei

O projeto de lei tornaria o abate, a criação, o comércio e a venda de carne de cachorro para consumo humano ilegais a partir de 2027 e puniria esses atos com 2 a 3 anos de prisão.

Entretanto, não estipula penalidades para o consumo de carne de cachorro.

O projeto de lei ofereceria assistência aos fazendeiros e outras pessoas do setor para fecharem seus negócios ou mudem para alternativas.

Segundo o projeto de lei, os detalhes da proibição do setor seriam elaborados entre funcionários do governo, fazendeiros, especialistas e ativistas dos direitos dos animais

A legislação deixou os fazendeiros extremamente chateados e frustrados.

“Trata-se de uma clara violência do Estado, pois estão infligindo a liberdade de opção profissional. Não podemos ficar parados”, disse Son Won Hak, agricultor e líder de uma associação de agricultores.

Son disse que os criadores de cães entrarão com uma petição no tribunal constitucional e farão passeatas em protesto. Ele disse que os agricultores se reunirão na quarta-feira (10), para discutir outras medidas futuras.

Não há dados oficiais confiáveis sobre o tamanho exato do setor de carne de cachorro da Coreia do Sul. Ativistas e fazendeiros afirmam que centenas de milhares de cães são abatidos para consumo todos os anos.

Sair da versão mobile