O presidente do Equador, Daniel Noboa, afirmou, na madrugada deste domingo (14), que 169 agentes penitenciários detidos em sete prisões equatorianas durante as revoltas que ocorreram no país nesta semana foram soltos.
O presidente parabenizou “o trabalho patriótico” das Forças Armadas, da Polícia e do corpo diretivo das prisões, bem como os ministros do setor de segurança “por conseguirem a libertação”.
O anúncio do presidente na rede social X, antigo Twitter, foi seguido por um relatório do Serviço Nacional de Atenção Integral a Adultos Carentes (SNAI), órgão que controla as prisões.
Ele acrescentou que serão iniciadas investigações para determinar os responsáveis e as causas da violência nas prisões do país.
O SNAI havia indicado, no meio da semana, que um total de 178 agentes penitenciários estavam detidos, oito foram libertos no dia anterior e 169 neste sábado (13).
A onda de violência aumentou com o desaparecimento do traficante de drogas Adolfo Macias, conhecido como Fito, de uma prisão em Guayaquil no último domingo.
Segundo as autoridades, Macias lidera o Los Choneros, uma das gangues mais perigosas ligadas ao cartel mexicano de Sinaloa, que controla o tráfico de drogas ao longo da rota do Pacífico e é acusado de todos os tipos de crimes.
Últimos balanços
O último balanço oficial do estado de emergência registra 1.105 pessoas presas, 94 delas por “terrorismo”, e cinco criminosos classificados como “terroristas” mortos.
Não foi detalhado se essas mortes fazem parte das 14 mortes registradas em Guaiaquil. Além disso, 28 grupos criminosos foram desmantelados, acrescentou o relatório.
Além disso, 21 ataques contra infraestruturas públicas e privadas e a apreensão de 413 armas de fogo, 224 armas brancas, 338 explosivos, mais de 8.700 cartuchos de munição e 1.487 dólares foram registrados na execução de cerca de 10.478 operações.