O governo do presidente da Argentina, Javier Milei, enfrenta pela primeira vez uma greve geral, nesta quarta-feira (24), cerca de um mês e meio após assumir o poder, em 10 de dezembro.
A paralisação foi convocada pela Central Geral de Trabalhadores (CGT) e tem o apoio da oposição contra as medidas de liberalização da economia e cortes de subsídios, entre outros pontos.
A mobilização nas ruas foi convocada para começar às 12h, com um ato às 15h (a hora local coincide com a de Brasília) diante do Congresso.
Votação de medidas
A pressão sobre os legisladores ocorre no momento em que eles discutem se aprovam ou vetam uma série de medidas do governo, lançadas em decretos por Milei.
O governo local afirma que lançará mão de seu “protocolo antipiquetes”. A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, afirmou que o protocolo inclui a proibição ao impedimento da circulação nas ruas.
Bullrich também prometeu controle rígido em todos os micro-ônibus que vão para a marcha, bem como controles nas estações de trem.
A ministra ainda comentou que o governo deseja “liberar o povo argentino desta situação para que realmente se possa ter um país que não tenha 9 mil piquetes ao ano”.
A imprensa argentina informou que o transporte público deve funcionar normalmente até as 19h e os bancos, até meio-dia.
Vários setores, como coleta de lixo, teriam paralisação a partir das 12h, enquanto os serviços de saúde continuariam a operar.