O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, nesta segunda-feira (25), uma resolução exigindo um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
Esta resolução, liderada por Moçambique e apoiada por um grupo rotativo de dez países, marca a primeira vez que o Conselho conseguiu aprovar uma medida relacionada a um cessar-fogo no território palestino.
A ofensiva militar israelense em Gaza começou após um ataque do Hamas ao território israelense, resultando em centenas de vítimas, em outubro de 2023.
Embora a aprovação represente um passo significativo, não oferece uma solução definitiva para o conflito. O desafio agora é garantir a adesão das partes envolvidas, tanto o governo israelense quanto o grupo Hamas, às disposições da resolução da ONU.
As resoluções do Conselho de Segurança muitas vezes enfrentam desafios de implementação devido à falta de cooperação de alguns países.
O Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, tenta convencer o governo de Israel a respeitar a decisão do Conselho.
Resolução
O texto da resolução estipula um cessar-fogo durante o mês do Ramadã, período sagrado para os muçulmanos, que vai de 10 de março a 9 de abril, com o apelo para que essa trégua seja estendida e se torne permanente.
Além disso, a resolução exige a libertação imediata e incondicional de reféns, assim como uma expansão urgente do fluxo de ajuda humanitária para Gaza.
Proposta dos EUA vetada
Uma proposta anterior dos Estados Unidos, que buscava um cessar-fogo imediato no conflito entre Israel e o Hamas, além da libertação de reféns, foi vetada.
O embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, ao justificar o voto contrário, criticou os EUA “por suas promessas vazias”, ressaltando que o reconhecimento da necessidade de um cessar-fogo veio “quando mais de 30 mil habitantes de Gaza já haviam perdido suas vidas”.