Organismos internacionais, candidatos de oposição e protestos na Venezuela aumentam a pressão sobre o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para que divulgue as atas com os resultados por mesa de votação.
Tarek William Saab, chefe do Ministério Público da Venezuela, disse na última segunda (29) que as atas seriam publicadas “nas próximas horas”, mas até agora os dados não foram divulgados e o site do CNE permanece fora do ar.
Saab e o CNE alegam que um ataque hacker atrasou os trabalhos. Além disso, a auditoria do sistema de telecomunicações do CNE, prevista para segunda-feira, foi suspensa sem explicações.
A Agência Brasil questionou o CNE sobre a disponibilidade desses dados, mas a assessoria de imprensa informou apenas que “o Poder Eleitoral está atuando”.
Denúncias de fraude na Venezuela
Candidatos de oposição, incluindo Enrique Márquez, Javier Bertucci e Antonio Ecarri, junto com Edmundo González, exigem a publicação dos documentos. Márquez denunciou supostas irregularidades no processo eleitoral.
Enrique Márquez relatou que testemunhas do seu partido foram impedidas de entrar nas mesas de votação e que algumas atas não foram entregues.
Maria Corina Machado, que indicou Edmundo González para concorrer, afirmou que têm acesso a 73% das atas emitidas, mostrando a vitória do opositor. A oposição lançou um site para publicar essas atas.
O Centro Carter, observador internacional, pediu a divulgação das atas. A Organização dos Estados Americanos (OEA) também afirmou que não é possível reconhecer os resultados divulgados pelo CNE.
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*Com informações da Agência Brasil.
