A Venezuela já registra pelo menos sete mortos desde a noite de domingo (28), em incidentes relacionados às eleições no país.
A oposição, que contesta a nomeação de Nicolás Maduro, convocou novos protestos nesta terça-feira (30), alegando vitória.
A maioria das mortes ocorreu durante manifestações contra a nomeação de Maduro, segundo dados da Pesquisa Nacional de Hospitais e da ONG Foro Penal.
Registro de mortos na Venezuela começou em Guásimos
No domingo, um homem de 40 anos, Julio Valerio Garcia, foi a primeira vítima.
Um ataque durante a votação baleou e o matou na cidade de Guásimos, estado de Táchira.
Mortes em Zulia eoutras regiões
O estado de Zulia registrou duas mortes. Em San Francisco, um adolescente de 16 anos foi baleado durante um protesto.
Outra pessoa morreu em Cabimas. Yaracuy também contabilizou uma morte, embora as circunstâncias não tenham sido divulgadas.
Em Aragua, duas pessoas morreram em unidades de saúde de Maracay, incluindo um homem baleado no tórax.
Caracas teve uma vítima, um homem identificado como J.E.G., que faleceu no Hospital Militar de Caracas.
Brasil alerta cidadãos
O Itamaraty alertou brasileiros na Venezuela para evitarem aglomerações devido à insegurança.
O consulado brasileiro recomendou que cidadãos se mantenham informados sobre a situação nas áreas onde se encontram.
Prisões e acusações de terrorismo
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou a prisão de 749 pessoas em protestos contra a eleição de Maduro.
Algumas dessas pessoas serão acusadas de terrorismo. Saab também mencionou que líderes opositores podem enfrentar acusações semelhantes por incitarem as manifestações.
Convocação de novos protestos
María Corina Machado, líder da oposição, declarou vitória com 70% dos votos e convocou novos protestos.
Ela pediu que a população se reúna em assembleias populares.
Estátuas de Hugo Chávez derrubadas
Vídeos nas redes sociais mostram estátuas de Hugo Chávez sendo derrubadas em cidades como La Guaira, Falcón, Carabobo e Guárico.
As manifestações contra Maduro continuam se espalhando pelo país.
Reação de Nicolás Maduro
Nicolás Maduro prometeu punir manifestantes, acusando-os de estarem armados e sob efeito de drogas.
Ele alegou que alguns dos presos recentemente retornaram ao país em voos financiados por estrangeiros.
Causas dos protestos
A proclamação de Nicolás Maduro como presidente gerou revolta. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) confirmou sua vitória com 51,2% dos votos, mas não divulgou as atas das eleições.
As autoridades declararam Maduro vencedor com 5,150 milhões de votos, enquanto Edmundo González Urrutia recebeu 4,445 milhões.
OEA e investigação contra oposição
A Organização dos Estados Americanos (OEA) realizará uma reunião para discutir a transparência das eleições na Venezuela.
Tarek William Saab anunciou uma investigação contra a oposição, liderada por María Corina Machado, por tentativa de interferência eleitoral.
O governo brasileiro também emitiu uma nota, ressaltando a importância da transparência nos resultados eleitorais.