Nos últimos três meses, o nível do rio Amazonas na Colômbia caiu até 90%, o que reflete uma grave seca que afeta a região.
O governo local, por meio da estatal Unidade Nacional de Gestão do Risco de Desastres (UNGRD), informou na última quinta-feira (26) que a diminuição varia entre 80% e 90%, resultado das mudanças climáticas.
A bacia amazônica, que abrange nove nações sul-americanas como Brasil, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname, enfrenta uma falta de chuvas histórica.
Consequências da seca do Rio Amazonas
A UNGRD alertou que os níveis baixos do rio têm impactado a alimentação e a navegabilidade das comunidades indígenas no departamento de Amazonas. A situação prejudica mais de 7 mil pessoas.
Imagens recentes, capturadas em Leticia, a capital do departamento de Amazonas, mostram embarcações encalhadas e grandes ilhas de terra expostas pelo nível reduzido do rio. A cidade, localizada na tríplice fronteira, é crucial para o comércio local através do Amazonas.
Moradores relatam que esta seca é a mais severa em meio século. A América do Sul está sob alerta neste ano devido à prolongada falta de chuvas, associada ao fenômeno climático El Niño, o que provoca racionamento de água e energia, além de incêndios florestais históricos em diversos países.
Seca extrema aumentou 2000% na Amazônia brasileira este ano
A seca extrema que aflige a Amazônia brasileira em 2024 é considerada a mais severa já registrada no país, com previsões de agravamento das condições climáticas no segundo semestre.
Em julho de 2023, a seca extrema afetou 15 mil km² (1,5 milhão de hectares). Contudo, em 2024, esse número saltou para 315 mil km² (31 milhões de hectares), uma área equivalente ao tamanho da Itália. A condição resulta em um aumento de 2000% na extensão das terras impactadas.
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