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Ministro de Maduro critica veto no Brics e governo Lula: ‘estrutura terrível’

Lula comemora 79 anos no Palácio da Alvorada e recebe homenagem de Janja e ministros

Lula comemora 79 anos no Palácio da Alvorada e recebe homenagem de Janja e ministros. Foto - Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O ministro do governo Maduro, Diosdado Cabello, criticou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) do governo Lula e afirmou que os Estados Unidos (EUA) atuaram para o veto de entrada da Venezuela nos Brics, bloco de países de economia emergentes. Cabello afirmou que a posição do governo brasileiro acabou “enfraquecida aos olhos do mundo”.

De acordo com o ministro, o Brasil terá que lidar com as consequências de suas ações.

“Isso é um capítulo, é uma batalha nessa guerra da qual a posição da Venezuela, a posição dos Brics sai fortalecida e a do Brasil sai muito enfraquecida. Muito enfraquecida aos olhos do mundo. Eles sabem. E terão que lidar com as consequências disso. Nós continuaremos avançando”, disse Diosdado Cabello.

A declaração foi feita em resposta a uma pergunta em relação ao veto do Brasil à entrada da Venezuela no Brics. O ministro ainda criticou o Itamaraty e o envolvimento dos Estados Unidos.

“No Brasil, subsiste uma estrutura terrível por meio da chancelaria. Eles chamam sua chancelaria de Itamaraty, é uma escola de diplomacia. Sabe quem a criou? Quem foram seus primeiros professores? Os Estados Unidos”, afirmou ministro.

De acordo com o chavista, há um “resquício grande” das políticas do ex-presidente Jair Bolsonaro no Itamaraty e que os EUA influenciaram a decisão dos participantes no Brics em vetar a Venezuela.

“De qualquer maneira, eu acho que isso não foi contra a Venezuela, porque ninguém vai parar a Venezuela. Isso foi um ataque direto aos Brics. Somente em termos de reservas petrolíferas, com a incorporação da Venezuela, passariam de 40 a 60% das reservas mundiais de petróleo que estariam nas mãos dos Brics”, expressou Cabello, segundo informações da CNN Brasil.

Vale destacar que o Ministério da Venezuela acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de forjar um acidente doméstico por não comparecer na cúpula do bloco.

Lula acabou cancelando sua viagem para Rússia, onde a reunião do Brics aconteceu, por conta de uma recomendação médica. O presidente sofreu traumatismo craniano e um pequeno sangramento no cérebro.

Contudo, o procurador-geral Tarek William Saab afirmou a versão de Lula se trata de “um engano para perpetrar o veto contra a Venezuela, evitando sua responsabilidade com o presidente [Vladimir] Putin, outros líderes presentes e, em particular o presidente Nicolás Maduro”.

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