O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, celebrou, nesta sexta-feira (6), o acordo de livre comércio selado entre o Mercosul e a União Europeia.
“Hoje é um dia histórico e estratégico. Depois de 33 anos do Mercosul e mais de 20 anos de negociações, finalmente foi anunciado o acordo entre Mercosul e União Europeia. É o maior acordo entre blocos de todo o mundo. Nós estamos falando de mais de 700 milhões de pessoas nesse acordo Mercosul-União Europeia”, destacou o ministro em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília.
Para o presidente em exercício, a conclusão definitiva das negociações entre os dois blocos, anunciados durante a reunião de cúpula do Mercosul, no Uruguai, tem um grande significado em um mundo polarizado.
“Isso é prova de diálogo, da boa política. E quero destacar também a liderança do presidente Lula, que se não fosse o presidente Lula, dificilmente esse acordo teria saído”, enfatizou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que a parceria entre o Mercosul e a União Europeia (UE) torna o mercado brasileiro mais competitivo.
Oportunidades
O acordo tem o apoio das confederações nacionais da Indústria (CNI), do Comércio (CNC) e da Agricultura e Pecuária (CNA).
Estudos mostram que, com o acordo, as exportações para a União Europeia podem crescer na agricultura (6,7%), nos serviços (14,8%) e na indústria de transformação (26,6%).
Para Alckmin, o acordo abre oportunidades importantes no comércio para o Brasil.
“Pode ajudar a fazer o PIB do Brasil crescer mais, as exportações brasileiras crescerem mais, a renda e o emprego crescerem mais e derrubar a inflação. Ajuda também a reduzir a inflação. Então, é uma agenda extremamente positiva”, avaliou.
Alckmin ainda apontou que as pequenas empresas vão poder se beneficiar com a parceria entre os dois países. “Abre muitas oportunidades para entendimento recíproco e um ganho recíproco. Vamos impulsionar as pequenas empresas, também, para que elas possam participar, não só as grandes empresas”.
Acordo
O novo acordo entre os blocos ainda precisa ser ratificado internamente por cada um dos países-membros.
A medida prevê a redução de tarifas de exportação, beneficiando mercados que somam mais de 750 milhões de consumidores.
O pacto abrange livre comércio, cooperação ambiental e harmonização de normas sanitárias, além de proteger direitos de propriedade intelectual e abrir mercados de compras governamentais.