A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada por uma bactéria, que a grande maioria das pessoas, por possuir resistência natural, não vai desenvolve-la.
Trata-se do Bacilo de Hansen, cuja transmissão acontece quando uma pessoa doente, sem ter iniciado o tratamento, elimina a bactéria por meio de secreções nasais, tosses ou espirros.
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Os sintomas podem surgir entre dois e sete anos, a partir da contaminação. Na fase inicial, eles são caracterizados por lesões na pele, que causam diminuição ou ausência de sensibilidade (dormência).
De acordo com o dermatologista Diogo Pazzini Bomfim, os sinais da hanseníse são manchas na pele, esbranquiçadas ou avermelhadas, com perda de sensibilidade; também pode ocorrer formigamento nos membros. Neste caso, a pessoa tem que procurar imediatamente um médico para ter um exame detalhado, além do diagnóstico e tratamento corretos.
Conforme Bomfim, a hanseníase é uma doença infectocontagiosa e o Brasil é um País endêmico da doença.
“Nós estamos em segundo lugar de novos casos de hanseníase no mundo, perdendo apenas para a Índia. Por ser endêmico, a maioria das pessoas vai ter contato com a transmissão da hanseníase ao longo da vida. Mas, apesar dela ser muito contagiosa, a maioria das pessoas têm resistência à ela. (…) A forma de transmissão é por via respiratória e precisa de um contato íntimo e prolongado entre pessoas que vivem juntas em um mesmo ambiente, fechado e aglomerado. Então, (a transmissão) geralmente acontece entre familiares, pois precisa desse contato próximo”, destacou.
O dermatologista explicou, ainda, como o tratamento é realizado.
“O tratamento é feito através de comprimidos, em um período que varia entre seis meses a um ano. A medicação é disponibilizada pela rede pública”, ressaltou.
Segundo o especialista, “é fundamental o tratamento precoce, porque a hanseníase afeta a pele e os nervos, e a demora no tratamento pode levar a sequelas incapacitantes”.
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Preconceito
Sobre o preconceito contra a doença, o médico lembrou que, ao longo da história, muitas pessoas que ficavam doentes se isolavam em locais afastados da sociedade.
“Hoje, a gente sabe que isso não têm o menor sentido”, disse ele, acrecentando que “a boa notícia é que, logo após a primeira dose do medicamento, o paciente não transmite mais a doença, portanto, ele não precisa mais ficar isolado como acontecia antigamente”.
Janeiro Roxo
A campanha Janeiro Roxo promove ações de conscientização e prevenção em relação à hanseníase.
Em Manaus, durante todo o mês de janeiro, ações de intensificação estão sendo realizadas em shoppings centers, feiras, escolas, Centros de Referência em Assistência Social (Cras), cozinhas comunitárias, entre outros.
O objetivo é promover saúde e informação à população sobre a doença. Dentre as ações oferecidas até a próxima segunda-feira, 31, estão exames de pele, que podem ser realizados em todas as unidades de saúde pública.
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