Francimar da Silva Braz, conhecido como “sapinho”, foi condenado a 15 anos e três meses de prisão pelo feminicídio, que teve como vítima a jovem Eline Monique Melo de Oliveira, companheira dele.
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O crime ocorreu no dia 16 de fevereiro de 2020, em um quarto de hotel localizado na Rua Lima Bacuri, no Centro de Manaus, onde o casal estava hospedado há três dias.
A sessão de julgamento popular ocorreu no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, nesta quarta-feira, 9, presidida pela juíza titular da 2.ª Vara do Tribunal do Júri, Ana Paula de Medeiros Braga Bussulo.
Desde de o início da investigação, o réu sustentou a defesa de que a vítima tinha cometido suicídio, utilizando a arma dele.
“Eu tinha uma arma que ficava escondida no banheiro, dentro da calha da lâmpada. Ela saiu do banheiro com a arma apontada para a cabeça e disparou um tiro. Ela caiu e ficou agonizando. Eu ainda perguntei porque ela tinha feito aquilo, pois iria me complicar”, disse o réu durante o julgamento, em plenário.
A promotora de justiça Lilian Nara Pinheiro de Almeida, disse que o laudo pericial mostrou que Eline foi agredida com algum objeto, possivelmente com a coronha da arma. De acordo com a promotora, a perícia apontou que a vítima apresentava dois ferimentos do lado direito e um do lado esquerdo da cabeça.
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O defensor público Wilsomar de Deus Ferreira sustentou como teses defensivas a absolvição pela ausência de materialidade, negativa de autoria e por falta de provas para a condenação.
Ao final da votação, o Conselho de Sentença condenou o réu pelo crime de homicídio qualificado e a juíza fixou a pena em 15 anos e três meses de reclusão, a qual deverá ser cumprida em regime inicial fechado.
O réu está preso desde maio de 2020, o período em que esteve preso será abatido da pena. Da sentença, ainda cabe apelação.
O crime
No dia 16 de fevereiro de 2020, por volta de 8h, na Rua Lima Bacuri, 67, Centro de Manaus, Francimar surgiu na recepção do Hotel Sun, vindo do quarto em que estava hospedado com Eline, chorando e colocando as mãos na cabeça e dizendo que a jovem havia cometido suicídio.
Em seguida, deixou o local dizendo que buscaria ajuda, mas não retornou ao local. A recepcionista do hotel então acionou a Polícia Militar, que encontrou a vítima caída no chão do quarto, agonizando. O SAMU foi chamado, mas o óbito da vítima foi constatado pela equipe do serviço de urgência.
Segundo testemunhas ouvidas durante o inquérito policial, o denunciado tinha um relacionamento com a vítima desde que esta contava com 15 anos de idade e sempre demonstrara ter muito ciúme dela, chegando a ameaçá-la e a agredi-la em outras ocasiões.
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