A Prefeitura de Manaus entregou nesta terça-feira, 19, o primeiro cemitério indígena urbano do Brasil.
Denominado “Yane Ambiratá Rendáwa Bara Upé”, o espaço está localizado no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tarumã, Zona Oeste.
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O cemitério indígena conta com 216 gavetas em cada um dos cinco módulos, totalizando 1.080 espaços no campo-santo.
Na ocasião, o chefe do Executivo municipal destacou que 353 anos depois da fundação da cidade, os indígenas de Manaus passam a ter um novo espaço sagrado.
“353 anos de indiferença e esquecimento, e hoje estamos entregando esse cemitério indígena, que é o primeiro do Brasil, para que essa memória ancestral possa ser celebrada e cultuada. Nós queremos tratar a questão indígena de forma clara, de forma digna, e reconhecendo os donos dessa terra. (…) Manaus tem suas origens, nós somos herança dessa ancestralidade”, ressaltou o prefeito.
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Os trabalhos de construção foram coordenados pela Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), bem como o projeto técnico-arquitetônico do campo-santo, com o conjunto dos cinco módulos de sepulturas verticais em gavetas e o portal de entrada exclusivo.
A preparação das ocas, o jardim e a pintura do grafismo estão sendo realizados pela Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (Copime).
“O cemitério tem uma grande importância para as etnias indígenas aqui em Manaus. É o único cemitério nesta modalidade no Brasil. Isso terá um impacto positivo em nível nacional e até internacional“, ressaltou o titular da Semulsp, Altervi Moreira.
Para a coordenadora da Copime, Marcivana Saterê-Maué, o cemitério indígena tem um significado importante.
Ela também ressaltou que os antepassados deixaram vestígios para a cidade.
“Manaus é território indígena (…). Agora nós temos a possibilidade, por meio do cemitério, de trazermos essa memória, uma memória presente, o cemitério estará presente para nós e ficará para as gerações futuras”, disse.
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