O município de Manaus apresentou redução de 41,3% nos casos de malária registrados de janeiro a julho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2021.
Mesmo com a redução, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) faz um alerta para o maior risco no período sazonal da doença, que segue até o final do mês de setembro, quando pode ocorrer aumento no número de casos de malária.
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O chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores da Semsa, Alciles Comape, explica que todos os anos há um aumento de casos de malária no período de julho a setembro.
O aumento está relacionado às condições ambientais que resultam na maior proliferação do mosquito Anopheles Darlingi, vetor de transmissão da malária, além de fatores comportamentais da população.
“Em períodos mais chuvosos, o mosquito transmissor não circula muito e há uma redução esperada no número de casos. Conforme há redução de chuvas e aumento de temperatura, há maior circulação e proliferação do vetor”, disse.
Ainda conforme a Divisão, é nesse período que há maior circulação de pessoas em áreas de risco por causa das festas juninas, retiros religiosos em sítios, as férias escolares de julho e no período de pesca esportiva.
“Então, a associação entre a maior circulação de pessoas e de maior proliferação do mosquito, ocasiona um aumento de casos de malária nesse período do ano”, destaca Comape.
Entre janeiro e julho de 2022, o número de casos de malária registrados é de 1.098. No mesmo período do ano passado, foram notificados 1.871 casos.
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Reforço
Atualmente, a Semsa tem reforçado as ações em 11 áreas consideradas de maior influência para a malária em Manaus, como o ramal do Chico Mendes, na estrada do Puraquequara, ramais do Ipiranga, no bairro Colônia Antônio Aleixo e no ramal do Brasileirinho, zona Leste; comunidade Frederico Veiga e ramal Escola Fazenda, zona rural terrestre; comunidades ribeirinhas Nova Esperança, Jeferson Peres, Nossa Senhora de Fátima e comunidade do Abelha, zona rural fluvial.
De acordo com a Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores, para manter o controle da doença são utilizadas estratégias como a busca ativa de casos suspeitos em áreas identificadas como de maior risco, controle vetorial com tratamento dos criadouros para eliminação de larvas e do mosquito adulto, diagnóstico e tratamento precoce, distribuição de mosquiteiros impregnados com inseticida, termonebulização (Fumacê) de forma seletiva e o monitoramento permanente da notificação de casos.
Dados
Desde 2018, ano em que houve o registro de 8.322 casos de malária, o município de Manaus vem apresentando redução nas notificações da doença a cada ano.
No ano de 2019, foram registrados 6.500 casos; em 2020, o número foi de 5.277 notificações; e no ano passado o número de casos chegou a 4.467 casos.
A doença
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do tipo plasmodium, transmitidos pela picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles.
Além de febre alta, o paciente pode apresentar sintomas como calafrios, tremores, sudorese (suor excessivo) e dor de cabeça, e em alguns casos podem surgir náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
Prevenção
Para colaborar no controle da doença, a população pode seguir orientações como: evitar exposição ao mosquito no final da tarde, durante a noite e ao amanhecer; utilizar roupas cobrindo os braços e pernas; usar repelentes e mosquiteiros; e colocar telas nas portas e janelas das residências.
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