Como forma de reduzir a proliferação do Aedes Aegypti e prevenir as doenças transmitidas pelo mosquito, Manaus começa a instalação de “armadilhas”, nesta segunda-feira (30).
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As chamadas “Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLs)” começaram as ser instaladas no bairro Compensa, Zona Oeste da cidade.
A ação é realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia).
Os dispositivos, que funcionam como armadilhas para o Aedes aegypti, estão sendo instalados em residências da área, considerada de alto risco de infestação.
Participaram da ação 33 colaboradores da Semsa Manaus e da Fiocruz Amazônia, que atuaram em duplas realizando visitas domiciliares para a colocação das estações.
A previsão é de que, até o dia 9 de novembro, sejam instaladas 1.200 EDLs em moradias no bairro da Zona Oeste, onde residem mais de 94 mil pessoas.
Controle do Aedes aegypti
As EDLs utilizam tecnologia de baixo custo e estão entre as estratégias recomendadas pelo Ministério da Saúde para o enfrentamento de arboviroses no país.
A iniciativa é coordenada pelo pesquisador da Fiocruz Amazônia, Sérgio Luz, e foi desenvolvida como forma de preparação do município para o período de alta transmissão de dengue, zika e chikungunya.
O coordenador técnico da estratégia na Fiocruz Amazônia, José Joaquín Carvajal Cortés, relata que o trabalho de implantação das estações está começando agora a fim de coincidir com o início do período das chuvas na região, quando costuma aumentar a proliferação do mosquito.
“Com essa armadilha, a gente faz da fêmea do mosquito uma ‘aliada’. Isso porque ela, depois de pousar na estação, vai levando de criadouro em criadouro o larvicida, que atrofia o desenvolvimento das formas maduras do mosquito, até que morram”, aponta o coordenador.
Conforme José, neste ano, os órgãos competentes acreditam que vão conseguir reduzir ao máximo a infestação no bairro da Compensa.
Parceria
O chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores, da Semsa, Alciles Comape, reforça que a Secretaria e a Fiocruz Amazônia tem consolidado a parceria.
As instituições realizam o monitoramento do Aedes aegypti desde 2017 nos bairros Glória, Santo Antônio, São Raimundo e Compensa, todos na Zona Oeste da capital.
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