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Projeto ‘Aldeia Manaó’ promove educação indígena e integração em Manaus

A oficina de dança Tukano, ministrada pela artista indígena Dhuígo Tukano

A oficina de dança Tukano, ministrada pela artista indígena Dhuígo Tukano - Foto: Divulgação/Assessoria

Com realização de oficinas, palestras e roda de conversa no mês dos povos indígenas, o projeto formativo “Aldeia Manaó” chega ao Centro Integrado Municipal de Ensino – CIME Draª Viviane Estrela Marques Rodella, situado na Zona Norte de Manaus.

A oficina de dança Tukano, ministrada pela artista indígena Dhuígo Tukano; e a oficina de língua Matses, ministrada pelo oficineiro Nakua Mayoruna iniciam nesta semana, no período de 8 a 12/04, nos turnos matutino e vespertino.

 As demais atividades seguem por todo o mês de abril.

O projeto tem como proposta fomentar a integração entre crianças, adolescentes e professores sobre os saberes ancestrais, promovendo esse processo de introdução da educação indígena.

Com os colaboradores, como pesquisadores, ativistas, artistas e historiadores que fazem parte de oito povos, sendo eles: Sateré-Mawé, Marubo, Tukano, Tikuna, Matses, Desssana, Karãpana e Baré.

Novas formas de compreensão

O projeto é pautado na necessidade de desmitificar o que é contado ao longo da história e apresenta novas formas de interpretação da cultura indígena.

“Os saberes indígenas são as referências da nossa cultura, eles podem auxiliar às crianças na formação de novos sujeitos, com uma visão mais específica do que os nossos ancestrais vivenciaram desde a chegada dos colonizadores no território em que vivemos”. Enfatizou o gestor.

Oficina de dança Tukano

Ao todo, o projeto conta com seis oficinas – cada uma delas com o total de 20h, duas palestras e uma mesa de conversa. Todas as atividades formativas serão realizadas por profissionais indígenas. 

A artista Dhuígo Tukano conta de que forma vai levar o conhecimento sobre a dança do seu povo para as salas de aula nessa primeira semana do projeto.

“Eu penso que como os corpos amazônidas são construídos é diferente dos corpos do sudeste, como nos movemos é peculiar, porque não ter uma dança Tukano dentro das universidades? Sendo ensinada nas instituições, sendo ensinada nos cursos de formação. Então, esse é um projeto feito também para nós refletirmos sobre esse lugar enquanto pesquisadores, professores e educadores de dança, de arte”, complementa o artista.

AGENDA DE ATIVIDADES

Semana de 8 a 12 de abril

1. Oficina de dança Tukano
Oficineira: Dhuígo Tukano
Dias: Segunda, quarta e sexta-feira
Turnos: Matutino e vespertino

2. Oficina de língua Matses
Oficineiro: Nakua Mayoruna
Dias: Terça, quinta e sexta
Turnos: Matutino e vespertino

Semana de 15 a 19 de abril

3. Oficina de Grafismo Indígena
Oficineira: Mepaeruna Tikuna

4.Oficina Língua Nheegatu
Oficineiro: Kay Vau Massamé, do povo Karapãna

Semana de 21 a 26 de abril

5. Moda indígena
Oficineira: Waikiru

6. Produção indígena
Oficineira: Rosana Baré

PALESTRAS

Tema:  A importância da oralidade para os povos indígenas
Palestrante: Cacica Milena Kukama
Dia: 29/04
Turno: Matutino

Tema: Conhecimento ancestral
Palestrante: Thaís Dessana
Dia: 29/04
Turno: Vespertino

MESA DE CONVERSA

Tema: O protagonismo da mulher indígena
Dia: 30/04
Mediação: Francis Baiardi
Convidadas: Kian Sateré, Thais Dessa e Mel Mura

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