A qualidade do ar em Manaus continua comprometida nesta quarta-feira (28). A cidade amanheceu coberta por uma densa camada de fumaça, resultado do aumento das queimadas no Amazonas.
Conforme o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) da Universidade do Estado do Amazonas, a qualidade do ar na capital foi classificada como “muito ruim”.
Os níveis de poluição estão entre 80 e 120 micrômetros por metro cúbico (µg/m³), dentro da faixa de 75 a 125 µg/m³ que caracteriza a classificação.
Ademais, na semana passada, o Ministério Público do Amazonas (MPAM) também anunciou a instalação de sensores para monitorar a qualidade do ar.
Qualidade do ar nos municípios do AM
A qualidade do ar em várias regiões do interior do Amazonas continua a causar preocupação. De fato, os níveis de poluição atingem patamares alarmantes.
Nos municípios de Lábrea, Humaitá e Apuí, por exemplo, os índices de poluição chegam a 967, 442 e 310 µg/m³, respectivamente. Contudo, esses valores superam o limite máximo da categoria “péssimo”, que varia de 126 a 160 µg/m³.
Além de Manaus, outras cidades do estado também enfrentam sérios problemas relacionados à qualidade do ar, bem como:
- Manicoré: 257 µg/m³ (“péssimo”);
- Eirunepé: 251 µg/m³ (“péssimo”);
- Itamarati: 219 µg/m³ (“péssimo”);
- Amaturá: 195 µg/m³ (“péssimo”);
- Tefé: 195 µg/m³ (“péssimo”);
- Careiro Castanho: 191 µg/m³ (“péssimo”);
- Atalaia do Norte: 185 µg/m³ (“péssimo”);
- Beruri: 169 µg/m³ (“péssimo”);
- Uarini: 167 µg/m³ (“péssimo”);
- Anori: 166 µg/m³ (“péssimo”);
- Jutaí: 166 µg/m³ (“péssimo”);
- Borba: 155 µg/m³ (“péssimo”);
- Caapiranga: 154 µg/m³ (“péssimo”);
- Anamã: 150 µg/m³ (“péssimo”);
- Manaquiri: 147 µg/m³ (“péssimo”);
- Manacapuru: 143 µg/m³ (“péssimo”);
- Tonantins: 136 µg/m³ (“péssimo”);
- Iranduba: 123 µg/m³ (“muito ruim”);
- Nova Olinda do Norte: 116 µg/m³ (“muito ruim”);
- Itacoatiara: 108 µg/m³ (“muito ruim”);
- Autazes: 83 µg/m³ (“muito ruim”); e
- Silves: 82 µg/m³ (“muito ruim”).
Incêndios no AM atingem níveis recordes
O Amazonas registrou um aumento considerável nos incêndios florestais, de acordo com informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
No último sábado (24), foram identificados mais de 7 mil focos de calor, um aumento significativo em comparação com os 4 mil registrados no mesmo período em 2023. Além disso, julho estabeleceu um novo recorde, sendo o mês com o maior número de queimadas nos últimos 26 anos.
A maioria desses focos se concentra na região sul do estado, uma área predominantemente voltada para a pecuária.
Por fim, nos primeiros 20 dias de agosto, o estado contabilizou 5.489 focos de calor, um aumento de 135% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 2.332 focos.
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