Manaus despertou, nesta segunda-feira (9), com um céu ensolarado e “limpo”. No entanto, o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) classifica a qualidade do ar na capital do Amazonas (AM) como “moderada”.

Os índices de poluição variam entre 26 e 38 micrômetros por metro cúbico (µg/m³). Além disso, a categoria “moderada” é atribuída quando as concentrações de partículas estão entre 25 e 50 µg/m³.

Por fim, nesta semana, o presidente Lula está previsto para se encontrar com prefeitos com o objetivo de discutir estratégias para enfrentar a seca e as queimadas no Amazonas.

Qualidade do ar nos municípios do AM

Relatórios do SELVA revelam que a qualidade do ar em vários municípios do Amazonas está extremamente comprometida.

Posteriormente, as medições mostram níveis que excedem consideravelmente o limite de 160 µg/m³, o que é classificado como “péssimo”. Os dados são os seguintes:

  • Eirunepé: 845 µg/m³;
  • Lábrea: 474 µg/m³;
  • Humaitá: 264 µg/m³;
  • Novo Aripuanã: 240 µg/m³; e
  • Apuí: 227 µg/m³.

Outras cidades também enfrentam sérios problemas com a poluição do ar. Os índices e suas respectivas classificações são:

  • Manicoré: 115 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Boca do Acre: 109 µg/m³ (“ muito ruim”);
  • Anori: 97 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Tefé: 91 µg/m³ (“ muito ruim”);
  • Tapauá: 90 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Anamã: 84 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Caapiranga: 82 µg/m³ (“muito ruim”);
  • Manaquiri: 57 µg/m³ (“ruim”);
  • Manacapuru: 57 µg/m³ (“ruim”);
  • Careiro Castanho: 56 µg/m³ (“ruim”); e
  • Beruri: 56 µg/m³ (“ruim”).

Queimadas na Amazônia

Atualmente, o Brasil está envolto em fumaça, o que torna o céu invisível em grande parte do território desde o último fim de semana.

O fenômeno é resultado de um aumento recorde nos índices de queimadas, principalmente na região amazônica. Meteorologistas indicam que, até o final da semana, a fuligem poderá atingir as capitais da Argentina e do Uruguai.

A fumaça se origina principalmente da região sul da Amazônia, que abrange os estados do Amazonas, Pará e Mato Grosso, além de incêndios na porção boliviana da floresta. A Amazônia Legal enfrenta o maior número de focos de incêndio registrado em 19 anos.

De acordo com a especialista em qualidade do ar e pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Karla Longo, a extensão da fumaça chega a quase 5 milhões de quilômetros quadrados, o que representa cerca de 60% do território nacional.

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