A manhã desta sexta-feira (13) em Manaus começou com céu claro e ensolarado, porém o aplicativo Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) classificou a qualidade do ar na capital como “boa”, “moderada” e “ruim”.
Os níveis de poluição variam entre 20 e 50 micrômetros por metro cúbico (µg/m³). De acordo com os critérios do aplicativo, a qualidade do ar é considerada “boa” com valores entre 0 e 25 µg/m³, “moderada” entre 25 e 50 µg/m³, e “ruim” de 50 a 75 µg/m³.
Em entrevista à Rádio Norte FM na última quarta-feira (11), o presidente Lula disse que 52 inquéritos investigam incêndios na Amazônia.
Qualidade do ar em municípios do Amazonas
Relatórios do SELVA indicam que, além de Manaus, a qualidade do ar em diversos municípios do Amazonas está gravemente comprometida, com níveis de poluição que ultrapassam a categoria “péssimo”, estabelecida entre 125 e 160 µg/m³.
As medições registradas em algumas localidades são:
- Novo Aripuanã: 714 µg/m³;
- Anori: 452 µg/m³;
- Manicoré: 377 µg/m³;
- Borba: 231 µg/m³;
- Apuí: 222 µg/m³; e
- Lábrea: 174 µg/m³.
Contudo, outras cidades também apresentam índices elevados de poluição, como:
- Pauini: 128 µg/m³ (péssimo);
- Nova Olinda do Norte: 100 µg/m³ (muito ruim);
- Boca do Acre: 94 µg/m³ (muito ruim);
- Eirunepé: 87 µg/m³ (muito ruim);
- Amaturá: 81 µg/m³ (muito ruim);
- Humaitá: 81 µg/m³ (muito ruim); e
- Manacapuru: 51 µg/m³ (ruim).
Brasil registrou 11,39 mi de hectares atingidos por incêndios em 2024
Entre janeiro e agosto de 2024, os incêndios florestais no Brasil devastaram 11,39 milhões de hectares, de acordo com o Monitor do Fogo do Mapbiomas, divulgado na última quinta-feira (12).
Somente no mês de agosto, as queimadas consumiram 5,65 milhões de hectares, o que representa 49% do total registrado no ano.
A maior parte das áreas atingidas pelo fogo, cerca de 70%, corresponde a vegetação nativa. As áreas campestres foram as mais prejudicadas, concentrando 24,7% das queimadas.
Outras formações impactadas foram as savânicas (17,9%), florestais (16,4%) e campos alagados (9,5%). Já as pastagens somaram 21,1% da área afetada.
Mato Grosso, Roraima e Pará foram os estados que mais sofreram com os incêndios, com 52% das áreas queimadas até agora. Os estados, localizados na Amazônia, foram os mais afetados, sendo que o bioma amazônico perdeu 5,4 milhões de hectares para o fogo nesses oito meses.
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