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Roraima pode ter racionamento de água, afirma presidente da Caer

Rio Branco em RR registra 2ª maior seca desde que se iniciou monitoramento

Rio Branco - Foto: Matheus Andrade

O Corpo de Bombeiros Militar de Roraima (CBM-RR) e órgãos que compõem a Operação Verão Seguro reuniram a imprensa na manhã desta terça-feira, 26, para tratar do balanço atualizado dos combates a incêndios em Roraima. A informação mais forte é que pode ter racionamento de água.

Participaram da coletiva a delegada-geral da Polícia Civil de Roraima (PC-RR), o secretário da Femarh, o comandante do Corpo de Bombeiros, o presidente da Caer e o comandante da Polícia Militar de Roraima (PM-RR).

O presidente da Caer, James Serrador, disse que pode ter racionamento de água em Roraima, caso o rio chegue em -0,58m.

“A informação técnica que eu tenho da equipe de manutenção da Caer é que se chegar a -0,58m, nós precisaremos desligar as bombas do sistema de catação submersas, portanto, nós teremos uma redução de pelo menos 300L por segundo, se isso efetivamente ocorrer nós teremos racionamento de água”, disse.

O comandante-geral do CBM-RR, Anderson Carvalho, disse que o estado solicitou o apoio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, mas ainda não obteve todas as respostas.

“Nós solicitamos da Defesa Civil nacional o valor de R$ 1.900.000,00 para locação de caminhões pipa, além disso nós solicitamos também quase 5 mil caixas d’água para fazer essa distribuição para atender a demanda dos municípios”, ressaltou.

Além disso, ele destacou que só no mês de março, Roraima registrou quase 10 mil focos de calor, sendo a maioria em áreas indígenas.

Roraima já enfrentou racionamento de água por conta da seca

No dia 12 de março o sistema de captação de água bruta de Mucajaí que foi afetado pela baixa do nível do Rio Branco.

O baixo nível do rio paralisou a ETA (Estação de Tratamento de Água). Conforme o presidente da companhia, James Serrador, a paralisação da ETA, que produz 90 mil litros de água por hora, comprometeu o abastecimento da cidade em 70%.

Ele destacou que com a paralisação da ETA, a cidade funcionou apenas com 30% da capacidade de abastecimento, que foi realizada por oito poços artesianos existentes na cidade.

Na capital Boa Vista, também houve o comprometimento no sistema de captação de água bruta, que é feita no Rio Branco.

Uma das bombas de 300cv foi danificada devido aos detritos vindos do leito do Rio.

De acordo com os técnicos da Empresa, os tubos de concreto onde estão localizadas as bombas de captação ficaram com apenas 1,2 metros de água, comprometendo o bombeamento.

Com isso, a captação em Boa Vista ficou comprometida em média de 30%.

Rio Branco – Foto: Arquivo pessoal
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