Os incêndios na Amazônia e no Pantanal espalharam fumaça que, consequentemente, atingiu 10 estados brasileiros. A fumaça se espalha com o aumento dos incêndios florestais no Brasil.
De acordo com dados do Serviço de Monitoramento Atmosférico da Europa, a fumaça se estendeu por estados como Rondônia, Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
No Sul, especialmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a fumaça formou uma camada cinza, o que prejudica a visibilidade e aumenta os riscos, especialmente para populações vulneráveis.
Enquanto isso, no Rio de Janeiro e em São Paulo, uma fumaça chegou com menor intensidade, mas ainda assim foi percebida como uma neblina que afetou a qualidade do ar.
Amazônia
O fogo na Amazônia estava concentrado principalmente no sul do Amazonas e nos arredores da Rodovia Transamazônica (BR-230), conforme nota divulgada pelo ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
O ministério informou que Amazonas e Pará concentraram mais da metade (51,6%) dos focos de incêndio registrados no bioma entre 1º de janeiro e 18 de agosto de 2024, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Desde 1º de julho, 67,2% dos focos registrados estão nesses estados.
Pantanal
No Pantanal de Mato Grosso, os incêndios superam o registrado no mesmo período de 2020, ano recorde de queimadas.
Além disso, o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro registrou mais de 517 mil hectares queimados no Pantanal.
Segundo o ministério do Meio Ambiente, 348 brigadistas do Ibama e ICMBio, 454 militares das Forças Armadas, 95 da Força Nacional e 10 agentes da Polícia Federal atuam no combate aos incêndios.
Por fim, a pasta informou que das 98 áreas afetadas, 50 foram extintas e 46 ainda têm focos ativos, com 27 sob controle.
Por que isso está acontecendo?
A aparência do El Niño, que em 2023 causou uma severa seca e deixou um déficit hídrico, agora se soma ao aquecimento do Atlântico, que permanece anormalmente quente.
Essa combinação resulta em menos umidade e chuvas no país. Além disso, o aumento das temperaturas, impulsionado pelo aquecimento global, agrava a situação.
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