O fenômeno da “chuva preta”, que mistura fuligem de queimadas com água da chuva, tem gerado preocupação em diversas regiões do Brasil.
As queimadas, que alcançaram níveis recordes em agosto de 2024, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), são responsáveis por elevar os níveis de poluição no ar, levando à precipitação contaminada.
De acordo com Diego Freitas, do Conselho Federal de Química, a “chuva preta” ocorre devido à alta concentração de poluentes atmosféricos provenientes das queimadas.
Quando esse material se mistura com a água da chuva, a precipitação adquire uma tonalidade escura, o que agrava a contaminação ambiental e eleva os riscos à saúde pública.
Freitas recomenda que a população evite o uso dessa água para banhos, limpeza e, principalmente, para consumo, optando por água tratada.
O especialista alerta que a exposição à “chuva preta” pode causar:
- Irritações na pele;
- Irritação nos olhos;
- Problemas respiratórios;
- Iintoxicações graves se ingerida.
Brasil coberto de fumaça
Embora a chuva possa trazer alívio temporário para a fumaça, a fuligem continua a impactar o clima. A previsão é de que o material particulado se mantenha presente na atmosfera nas próximas semanas, enquanto as queimadas persistirem em várias partes do país.
Imagens feitas pela Nasa com o satélite meteorológico GOES-16 revelam que a fumaça das queimadas cobre vastas áreas do Brasil. O registro acima foi feito na manhã do dia 6 de setembro.
Estados como Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo estão entre os mais afetados pela pluma de poluentes oriunda da queima de biomassa.
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