Manaus iniciou a terça-feira (24) com céu nublado e camadas de fumaça, levando o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) a classificar a qualidade do ar na capital como “moderada” e “ruim”.
Os níveis de poluição variam entre 26 e 56 micrômetros por metro cúbico (µg/m³). A classificação “moderada” refere-se a concentrações de partículas entre 25 e 50 µg/m³, enquanto a categoria “ruim” ocorre quando os níveis estão entre 50 e 75 µg/m³.
Por fim, no último domingo (22), o estado do Amazonas registrou o segundo maior número de queimadas no Brasil.
Situação crítica da qualidade do ar no Amazonas
Além de Manaus, novos relatórios do SELVA indicam que a situação da qualidade do ar é crítica em diversos municípios do Amazonas.
Os dados mais recentes revelam que várias localidades apresentam concentrações de poluentes que superam o limite da categoria “péssimo” (125 a 160 µg/m³). Os níveis registrados são alarmantes:
- Humaitá: 445 µg/m³;
- Manacapuru: 370 µg/m³;
- Manaquiri: 209 µg/m³;
- Apuí: 204 µg/m³;
- Careiro Castanho: 196 µg/m³; e
- Novo Airão: 173 µg/m³.
Em contrapartida, outras cidades também apresentam altos índices de poluição, com as seguintes classificações:
- Pauini: 123 µg/m³ (“muito ruim”);
- Lábrea: 94 µg/m³ (“muito ruim”);
- Autazes: 83 µg/m³ (“muito ruim”);
- Novo Aripuanã: 77 µg/m³ (“muito ruim”);
- São Gabriel da Cachoeira: 70 µg/m³ (“ruim”);
- Codajás: 64 µg/m³ (“ruim”); e
- Eirunepé: 60 µg/m³ (“ruim”).
73% das queimadas no AM ocorrem em áreas federais
Neste ano, o estado do Amazonas registrou 19.478 focos de calor, dos quais 73% estão situados em áreas sob responsabilidade federal.
As áreas afetadas incluem 37% de terras destinadas a assentamentos da reforma agrária, 28% de terras indígenas, 5% de unidades de conservação federal e 3% de outras áreas.
Esses dados foram apresentados na última quinta-feira (19) pelo secretário de Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira, durante uma audiência com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino.
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