A qualidade do ar em Manaus foi classificada, nesta quinta-feira (26), como “moderada” em algumas áreas, enquanto em outras foi considerada “ruim” pelo Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA).
Na capital, os níveis de poluição atmosférica variam de 30 a 73 micrômetros por metro cúbico (µg/m³), refletindo a presença de poluentes que podem impactar a saúde da população, especialmente entre os grupos mais vulneráveis.
Conforme informações do SELVA, a qualidade do ar é classificada como “moderada” com índices de 25 a 50 µg/m³, e “ruim” entre 50 e 75 µg/m³.
Ademais, o Amazonas e Mato Grosso do Sul registraram um aumento histórico nas emissões de gases de efeito estufa, resultado dos incêndios florestais ocorridos nos últimos meses.
Qualidade do ar em outros municípios do Amazonas
Além de Manaus, relatórios do SELVA indicam que a qualidade do ar em diversos municípios do Amazonas está em estado crítico, com níveis de poluição que ultrapassam a faixa considerada “péssima”, que varia de 125 a 160 µg/m³.
Entre os dados alarmantes, destacam-se as seguintes medições:
- Apuí: 429 µg/m³;
- Manaquiri: 268 µg/m³;
- Manacapuru: 215 µg/m³;
- Pauini: 204 µg/m³;
- Lábrea: 189 µg/m³; e
- Careiro Castanho: 177 µg/m³.
Por fim, outros municípios também apresentam altos índices de poluição. Eirunepé registra 131 µg/m³, classificado como “péssimo”.
Já Novo Aripuanã, Benjamin Constant, e Itamarati têm índices de 98 µg/m³, 84 µg/m³ e 84 µg/m³, respectivamente, ambos categorizados como “muito ruim”. Canutama apresenta uma medição de 58 µg/m³, classificada como “ruim”.
AM registra 21 mil queimadas em 2024, pior índice em 26 anos
Em 2024, o Amazonas contabilizou 21.612 focos de queimadas, o que marca o ano com o maior número de incêndios florestais desde o início da série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que data de 1998.
A situação é alarmante, com uma emergência ambiental se estabelecendo em todo o estado, onde uma densa nuvem de fumaça afeta todas as 62 cidades.
De acordo com dados do Inpe, o total de queimadas em 2024 supera o recorde anterior de 21.217 focos, registrado em 2022. No ano passado, o Amazonas enfrentou quase 20 mil focos de incêndio.
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