O estado do Acre observou uma melhora significativa na qualidade do ar nos últimos dias, após meses de céu encoberto por fumaça.
Apesar dessa recuperação, o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) alertou, nesta quarta-feira (2), para a classificação dos níveis de poluentes, que variam entre “boa”, “moderada” e “muito ruim”.
Os índices de poluição atmosférica no estado oscilam de 0,6 a 122 micrômetros por metro cúbico (µg/m³), com Rio Branco apresentando níveis entre 8 e 30 µg/m³.
De acordo com os critérios de qualidade do ar, a classificação “boa” se refere a índices entre 0 e 25 µg/m³, a “moderada” abrange valores de 25 a 50 µg/m³, e a categoria “muito ruim” é atribuída a níveis entre 75 e 125 µg/m³.
Qualidade do ar nos municípios do Acre
Vários municípios do Acre apresentam boas condições de qualidade do ar. No entanto, a Vila do Incra, Porto Acre e Senador Guiomard têm registrado índices preocupantes de poluição, com valores de 122 µg/m³, 115 µg/m³ e 75 µg/m³, respectivamente.
Os níveis de poluição considerados aceitáveis em outros municípios são os seguintes:
- Xapuri: 35 µg/m³;
- Epitaciolândia: 19 µg/m³;
- Manoel Urbano: 16 µg/m³;
- Assis Brasil: 12 µg/m³;
- Sena Madureira: 11 µg/m³;
- Santa Rosa do Purus: 8 µg/m³;
- Jordão: 8 µg/m³;
- Cruzeiro do Sul: 7 µg/m³;
- Tarauacá: 6 µg/m³;
- Feijó: 5 µg/m³; e
- Plácido de Castro: 0.6 µg/m³.
Mais de 3,8 mil focos de queimadas são registrados em setembro
O estado do Acre encerrou setembro com mais de 3,8 mil focos de queimadas, segundo dados do monitoramento por satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse número representa um aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior, que registrou 3.075 focos.
Com esse total, o Acre já supera, em apenas nove meses, o total de queimadas de 2023, que foi de 6.562 focos. Neste ano, o Inpe contabilizou até agora 6.592 focos.
No ranking municipal, Feijó se destacou como o local com mais focos de queimadas, com o total de 922. Tarauacá vem em segundo, com 624 focos, seguida por Cruzeiro do Sul, que registrou 324 focos.
Além disso, a comparação entre os meses de 2024 e 2023 mostra que, com exceção de janeiro, que apresentou 8 focos em ambos os anos, a maioria dos meses deste ano teve números superiores.
Por fim, entre agosto e setembro, a situação se agravou, com um aumento de 93%, e passou de 1.997 focos em agosto para mais de 3,8 mil de setembro.
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