Manaus amanheceu, nesta segunda-feira (4), sob uma forte camada de fumaça. Como resultado, o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) classificou a qualidade do ar na capital como “ruim” e “muito ruim”.

Os níveis de poluição variam de 66 a 86 micrômetros por metro cúbico (µg/m³). Além disso, o SELVA considera a qualidade do ar “ruim” entre 50 e 75 µg/m³ e “muito ruim” entre 75 e 125 µg/m³.

Por fim, no último domingo (3), Manaus também registrou qualidade do ar “muito ruim”.

Qualidade do ar em outros municípios do Amazonas

Além de Manaus, os relatórios do SELVA revelam que a qualidade do ar em diversos municípios do Amazonas está severamente comprometida, com níveis de poluição que ultrapassam a categoria “péssimo”, que vai de 125 a 160 µg/m³. Portanto, a medição na seguinte localidade é alarmante:

  • Boa Vista dos Ramos: 246 µg/m³.

Outras cidades também apresentam altos índices de poluição, como:

  • Itacoatiara: 125 µg/m³ (péssimo);
  • Parintins: 104 µg/m³ (muito ruim);
  • Autazes: 103 µg/m³ (muito ruim);
  • Barreirinha: 64 µg/m³ (ruim);
  • Manaquiri: 60 µg/m³ (ruim);
  • Borba: 58 µg/m³ (ruim);
  • Manacapuru: 54 µg/m³ (ruim); e
  • Careiro Castanho: 51 µg/m³ (ruim).

Amazonas declara Estado de Emergência Ambiental

O Amazonas enfrenta um estado de emergência ambiental devido à intensificação das queimadas, que começaram em julho e atingiram o pico nos meses de agosto e setembro.

Durante esse período, uma densa nuvem de fumaça envolveu todas as 62 cidades do estado, incluindo Manaus e afetou a qualidade do ar, que foi classificada entre ruim e péssima.

Ademais, uma extensa área de chamas, com aproximadamente 500 km, também foi registrada, cobrindo vastas regiões do território amazonense.

Números das queimadas no último quadrimestre:

  • Julho: 4.241 focos de calor, o índice mais alto em 26 anos;
  • Agosto: 10.328 focos de calor, recorde para o período; e
  • Setembro: 6.879 focos de calor, o terceiro pior índice das últimas duas décadas e meia.