Processos judiciais, denúncias de corrupção e escândalos em licitações fraudulentas são alguns dos problemas enfrentados pelo empresário Franco Di Gregório, investigado na Operação Daia, deflagrada na manhã desta terça-feira, 24, em Brasília e outros três Estados do país.

A operação é resultado de investigação da Polícia Federal por conta de uma denúncia feita pelo ex-sócio de Di Gregório, empresário Kauhê de Favre.

De acordo com reportagem do site Mais Brasil News, que teve acesso exclusivo ao documento, Kauhê diz ter sido lesado por Franco em uma negociação empresarial fraudulenta. 

Favre denuncia irregularidades praticadas pela empresa Aurora da Amazônia Terminais e Serviços, uma das mais de 40 empresas do grupo Di Gregório, na licitação do Porto Seco de Anapólis (Goiás), lançada em 2017 pela Receita Federal.

A licitação do Porto Seco de Anapólis se tornou uma briga judicial. O contrato teria duração de 25 anos e um faturamento estimado em R$ 25 bilhões no período.

Segundo depoimentos, Gregório e seus advogados pagavam propinas e faziam tráfico de influência para conseguir decisão favorável à empresa Aurora da Amazônia na concessão do Porto Seco de Anapólis.

A Aurora da Amazônia chegou a ganhar a licitação, mas foi denunciada pela Porto Seco Centro-Oeste, por conta do terreno não corresponder às exigência na licitação.

Segundo fonte anônima da Porto Seco entrevistada pelo Mais Brasil News, a Aurora conseguiu uma liminar judicial concedida pelo juiz de Anapólis, Alaor Piacini, para assinar o contrato. Mas a Porto Seco teria descoberto que um dos advogados da Aurora seria filho do juiz Odasir Piacini Neto.

 

Negócios em Manaus

A capital do Amazonas também abriga uma das empresas de Franco Di Gregório. O porto da Superterminais funciona na Zona Sul da cidade e já foi denunciado à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e Superintendência do Patrimônio da União (SPU). A suspeita é de que em uma obra de expansão, houve invasão do rio Negro, poluição e danos a navegabilidade.

De acordo com a reportagem do Mais Brasil News, o porto da Superterminais não tinha autorização dos dois órgãos federais e, após diversas denúncias, foi embargada pela Antaq e SPU.

 

Sem resposta

A reportagem do Mais Brasil News não conseguiu contato com o empresário Franco Di Gregório e nem com seus advogados para repercutir as denúncias e a Operação Daia.