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Caso Eliza Samudio: ex-policial envolvido na morte da modelo é julgado nesta quarta

Após 11 anos do assassinato de Eliza Samudio, o ex-policial civil José Lauriano de Assis Filho, o Zezé, será julgado por envolvimento na morte da modelo, nesta quarta-feira, 25, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) diz que no dia 4 de junho de 2010, Zezé sequestrou Eliza e Bruninho, filho dela com o ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, então com quatro meses, com a ajuda do primo do jogador, Jorge Luiz Lisboa Rosa. Para o MP-MG, a ação foi acertada com o goleiro e o primo dele Luiz Henrique Romão, o Macarrão.

A denúncia também indica que Zezé ajudou a manter Eliza e o bebê em cárcere privado até o dia 10 de junho, quando a mulher foi assassinada. O ex-policial ainda teria participado da morte dela ao lado de Marcos Aparecido de Souza, o Bola, e corrompido o então adolescente Jorge Luiz Lisboa Rosa a ajudá-lo a ocultar o cadáver de Eliza.

O MP-MG sustenta que, em 16 de julho de 2011, Zezé e Gilson Costa ameaçaram a testemunha Jaílson Alves de Oliveira na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Belo Horizonte. Jaílson tinha sido companheiro de cela de Bola na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, e, por isso, ficou sabendo de detalhes da morte de Eliza.

Em julho de 2015, a Justiça chegou a decretar a prisão preventiva de Zezé, mas ele não foi encontrado e foi declarado foragido. Em 12 de agosto de 2015, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) concedeu habeas corpus ao ex-policial e deu direito a ele de responder ao processo em liberdade.

José Lauriano não possui passagens pelo sistema prisional mineiro, segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), .

A defesa de Zezé reafirma a inocência do cliente.

Condenações
 
O goleiro Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos e 3 meses pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. A pena acabou aumentando porque o goleiro foi considerado o mandante do crime e reduzida pela confissão do jogador.

Fernanda Castro, então namorada do goleiro, foi condenada, em primeira instância, a três anos de prisão, mas a pena foi substituída por prestação pecuniária e de serviços à comunidade.

Em 2012, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, foi condenado a 15 anos de prisão por homicídio qualificado.

Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi condenado a 22 anos de prisão pela morte da modelo e por ocultação do cadáver.

Elenilson da Silva e Wemerson Marques, o Coxinha, foram condenados por sequestro e cárcere privado do filho de Elisa Samudio em 2013. A pena para Elenilson foi de três anos em regime aberto, e a de

Wemerson, de dois anos e meio também em regime aberto.

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