O caso da advogada que usou um emoji de banana para responder a uma colega de profissão negra em um grupo de WhatsApp deve ser considerado racismo. Foi o que disse a Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil, no Distrito Federal (OAB-DF).
A Justiça aceitou na última quinta-feira, 19, a denúncia contra Isabela Bueno de Sousa, de 49 anos, acusada pelo crime de racismo.
Bethoven Andrade é presidente da Comissão da OAB e afirmou que atribuir a imagem do macaco a um negro reflete o comportamento de racismo.
“Essa mera atribuição do macaco à pessoa negra, ela não deveria ser vista como injúria racial, mas sim como crime de racismo propriamente dito”, afirmou Bethoven.
Para o presidente da comissão, o andamento do caso demonstra que o Ministério Público está atento aos crimes.
“O simples fato de ofertar uma banana a uma pessoa que se manifesta publicamente em um grupo, há toda uma política de dominação de uma raça sobre a outra. E, geralmente, quem sai prejudicado, de fato, são pessoas negras”, disse.
O caso ocorreu em 11 de janeiro deste ano, em um grupo formado por 256 advogados. A vítima, Thayrane Evangelista, de 31 anos, contou que mandou uma “figura aleatória”, um GIF, no grupo e foi respondida com imagens de bananas.