Uma pesquisa divulgada recentemente pela Universidade de São Paulo (USP) e conduzida pelo Hospital das Clínicas, mostrou que a amamentação pode ser uma arma contra a Covid-19.
A pesquisa revela que as lactantes imunizadas contra a doença produzem anticorpos que são transferidos aos recém-nascidos através do leite materno.
Outro dado importante revelado pelo estudo mostrou que a segunda dose do imunizante resultou em um incremento de anticorpos meses após a aplicação da vacina, e que eles ainda se faziam presentes no leite materno.
As lactantes que fizeram parte da análise haviam recebido as doses da vacina Coronavac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan (SP), em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Campanha
E com o final do ‘Agosto Dourado’, campanha que reforça a importância do aleitamento materno tanto para as mamães, quanto para seus bebês, a enfermeira obstetra da Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas (Segeam), Anne Santos, explica que o ideal é que o bebê seja alimentado até os seis meses.
“Exclusivamente, com o leite materno, prática que dispensa, inclusive, a ingestão de água pelos pequenos. Isso porque, o leite materno é o alimento mais completo e saudável para crianças nessa idade, ajudando no fortalecimento da imunidade”.
Dois anos
Mas a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, recomenda a amamentação da criança até os dois anos de idade ou mais, sendo até os seis meses de forma exclusiva.
“Mas, cada caso é um caso e vai depender muito da realidade de cada família. O ideal é que sejam introduzidos, aos poucos, alimentos sólidos, que complementem a amamentação após os seis meses de idade. Mas, há casos em que as mães trabalham fora, e não conseguem manter a amamentação por um período maior”, concluiu Anne.
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