Um caso da cidade de Goiânia que chocou o Brasil na última semana revela pouco a pouco o drama vivenciado por uma mãe. Momentos antes de ser assassinada, a jovem Ariane de Oliveira, de 18 anos, enviou áudio por celular informando que estaria com amigos e que os mesmos pagariam o lanche dela (ouça logo abaixo). Os amigos são os mesmos que a mataram logo depois.
A vítima foi morta pelos três suspeitos, que estão presos e confessaram o crime. Um deles afirmou à polícia que queria saber se era psicopata.
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A cabeleireira Eliane Laureano, mãe de Ariane, recebeu a mensagem da filha às 20h05 (hora Brasília) do dia 24 de agosto. Ela explicou o motivo que a fez aceitar convite.
“As meninas me chamaram para comer lá no Jaó. Vão pagar a ‘broca’ hoje, e eu estou indo. Elas vão me buscar de carro hoje, mãe. Aí eu vou, né? Vai pagar a comida, me buscar de carro e me deixar em casa, sou besta?”, disse a jovem no áudio enviado.
Segundo Eliane, Ariane ainda pediu que a porta da sala ficasse aberta quando fosse dormir, pois levaria apenas a chave do portão.
Passava das 23h, quando Eliane mandou mensagem pra filha perguntando que horas ela voltaria, mas não recebeu resposta.
À polícia, a cabeleireira contou que no dia do crime, a filha já estava de pijama quando os amigos a convidaram para sair. Ela disse que conhecia os suspeitos que eram amigos da filha.
A investigação aponta que Ariane foi morta na mesma noite em que ainda se comunicou com a mãe.
O corpo dela só foi encontrado no dia 31 de agosto, sete dias depois.
“Eles foram maus, muito maus”, declarou a mãe.
Crédito: Reprodução/Polícia de Goiás – O trio confesso da morte de Ariane. À direita, Raíssa Borges era quem queria testar se era psicopata
O crime
De acordo com a polícia, Jeferson Cavalcante Rodrigues, de 22 anos, Raíssa Nunes Borges, de 19, e Enzo Jacomini Carneiro Matos, de 18, que usa o nome de Freya, participaram do assassinato de Ariane no mesmo dia em que saíram juntos.
Raíssa Borges era quem queria testar se era psicopata, disse o delegado do caso, Marcos de Oliveira Gomes.
No dia em que os autores confessos do crime foram presos, na quarta-feira, 16, foram relatados os detalhes do caso. Segundo a polícia, o combinado era deixar uma música escolhida por eles para tocar no carro, enquanto andavam pela cidade, em direção ao lugar escolhido para jogar o corpo. Jeferson daria um sinal para que o assassinato fosse iniciado: um estalar de dedos.
“Foi um verdadeiro ritual dentro do carro, e tudo combinado na noite anterior. Eles entraram em contato com a vítima, entraram no veículo com tudo já programado. Ariane entraria, eles iriam no sentido Setor Jaó e, em determinado momento, ele (Jeferson) ligaria uma música específica e estalaria os dedos para sinalizar o início do homicídio”, contou o delegado.
O delegado também relatou que a “pessoa que estava no banco da frente pulou para o banco de trás e enforcou Ariane até ela desmaiar”.
Nessa hora, uma das suspeitas deu uma facada na vítima com o carro em movimento. Logo em seguida, outra pessoa desferiu uma segunda facada. A polícia não divulgou a ordem em que os suspeitos estavam no interior do carro.
A investigação aponta que o carro usado para jogar o corpo de Ariane numa mata do Setor Jaó foi o mesmo que a buscou no Lago das Rosas.
Minutos antes, a vítima ainda enviou mensagem para a mãe avisando que iria lanchar com amigos.
O veículo estava forrado com saco de lixo no porta-malas, onde os suspeitos colocaram o corpo para transportar até ao local de mata.
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