Na quarta-feira, 29, um grupo suspeito de incitar o suicídio por meio das redes sociais foi preso preventivamente em Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro. O grupo que é formado por quatro homens já foi transferido para o Distrito Federal e já começou a ser ouvido.
A 6ª Delegacia de Polícia do Paraná iniciou as investigações em fevereiro, logo após uma jovem de 21 anos ter tirado a própria vida ingerindo uma substância medicamentosa.
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A jovem era gamer e conheceu o grupo de WhatsApp chamado CTBus (que quer dizer Catch The Bus, em inglês) através da deep web. Os criminosos descobriram que ela passava por problemas psicológicos e tinha pensamentos de morte e sabendo disso, começaram a orientá-la sobre maneiras de tirar a própria vida de maneira ‘eficaz’ e ‘sem dor’.
“Sem qualquer lucro ou motivo aparente, esses homens receitaram remédios para que ela tirasse a própria vida de um jeito rápido e indolor. Até mesmo medicações para que ela não vomitasse eram prescritas”, afirma o delegado responsável pelas investigações, Ricardo Viana.
Segundo as investigações, a polícia descobriu que apesar que a ideia do grupo fosse orientar suicídios, a vítima não tinha isso em mente como real intuito. Acontece que ela resolveu ‘testar os impactos’ das substâncias prescritas e acabou não resistindo. A vítima chegou a receber ajuda dos pais, que a levaram ao Hospital do Paranoá, mas esbarrou em um outro problema: estava em falta nessa unidade de saúde e em toda a rede pública o antídoto para substância ingerida, chamado Azul de Metileno.
Ainda segundo a Polícia Civil, no decorrer das investigações foi descoberto que uma outra jovem, amiga da gamer de 21 anos e também moradora do Distrito Federal, também morreu ingerindo a mesma substância.
“Isso aconteceu um mês depois. Agora, nós vamos periciar o celular dessa moça para descobrir se também ela tinha ligações com esse grupo criminoso”, explica o delegado.
Os presos vão responder pelos crimes de instigação e auxílio ao suicídio e associação criminosa. Se condenados, cada um deles pode pegar até 9 anos de detenção. Apenas um dos quatro homens tinha passagens pela polícia.
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