As investigações sobre o crime que matou três policiais militares da Força Tática, no dia 8 de agosto de 2020, em São Paulo, trouxe à tona a farsa encenada por Cauê Doreto.

Cauê se passava por Policial Civil, possuía distintivo, armas, algemas, treinamento de tiros e usava até farda da Polícia Civil.

“Esses indícios demonstram que o Cauê efetivamente era um policial. Os pais do Cauê acreditavam veementemente que ele era um policial. Não era uma fantasia”, diz Adriano Kawasaki, advogado de Vitor Mendonça Ferreira, amigo de Cauê.

Mas tudo não passava de uma mentira. Cauê não era policial, e a carteira funcional que ele usava era falsa.

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Na madrugada de 8 de agosto do ano passado, em uma abordagem, Cauê desceu do carro e se apresentou como policial. Um dos PMs checou a veracidade do documento, foi quando o falso policial começou a atirar. A troca de tiros durante a ação terminou com três policiais militares mortos: os soldados Celso Ferreira de Meneses Junior, Victor Rodrigues Pinto da Silva, e o sargento José Valdir de Oliveira Junior.

Vitor Mendonça, amigo de Cauê, que também acreditava que ele era um policial, estava presente na abordagem e testemunhou o crime.

“Na hora em que o policial pediu a arma, ele se exaltou, falou ‘Ah, por que que você está fazendo isso? Por que você está me abordando desse jeito?’, aí o policial falou ‘Estou fazendo meu serviço. Ele olhou para mim, disse ‘Vitinho, azedou’, sacou a arma, atirou no policial aqui e foi até a viatura. Aí começou a troca de tiros intensa, e eu já estava correndo.”

Na troca de tiros, o falso policial Cauê também foi atingido e morreu. Vitor escapou.

 

Ligação com policiais civis e militares

As investigações constataram que Cauê andava em viaturas oficiais e chegou até a dar plantão em delegacia.  Daniel Bortolote Teixeira, investigador de polícia, negociou armas, deu aulas de tiro a Cauê e intermediou a venda da carteira funcional fraudulenta para o falso policial.

No mesmo dia, Cauê transferiu R$ 5 mil para Daniel e enviou o comprovante. Foram feitas diversas outras transferências para o investigador. Num único dia, foram R$ 40 mil.

Cauê também tinha conexões com policiais militares. Uma foto mostra o falso policial segurando um revólver dentro de uma viatura da PM, segundo a investigação.

 

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