A escultura do Touro de Ouro instalada em frente à Bolsa de Valores de São Paulo foi retirada na noite desta terça-feira, 23.
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A remoção foi feita horas depois que a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU) decidiu que a estátua é uma peça publicitária, e não tinha obtido autorização necessária para ser exposta. A instalação violava A Lei Cidade Limpa.
A maioria do colegiado, que é formado por representantes do poder público e membros da sociedade civil, se manifestou contra a instalação, que violava as regras. Antes, o colegiado havia votado, por unanimidade, para recomendar que os idealizadores da peça fossem multados.
O monumento da Bolsa de Valores é uma réplica do Touro de Wall Street folheada a bronze no distrito financeiro de Nova York (EUA).
O projeto do “Touro de Ouro” foi organizado pelo economista Pablo Spyer e o artista plástico Rafael Brancatelli. A escultura tem três metros e é feito sobre uso de metal, com fibra de vidro e pintura anticorrosiva.
Entretanto, os organizadores do projeto não haviam obtido a autorização da CPPU para a instalação. A empresa só entrou com pedido três dias depois.
Alvo de protestos
A estátua do touro de ouro já foi alvo de 2 protestos. Na semana passada, ato organizado pelo “Movimento Juntos” pichou a mensagem “taxar os ricos”.
Em nota, o grupo falou sobre a campanha “Nem a fome, nem os bilionários deveriam existir: taxar os ricos para combater a crise”.
Na quarta-feira, 17, os movimentos “Juventude Fogo no Pavio e Movimento Raiz da Liberdade” colocaram cartazes no touro com a palavra “fome”.
Segundo os grupos, o que para a bolsa “simboliza a força do mercado financeiro”, para eles, “é um símbolo da fome, da miséria e da superexploração do trabalho”.
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