O réu, Luciano Augusto Bonilha Leão, ex-produtor musical da banda Gurizada Fandagueira, chegou ao seu julgamento no Fórum de Porto Alegre nesta quarta-feira, 1º, e gritou “não sou um assassino”. Ele é um dos quatro réus acusados pelas mortes ocorridas em incêndio na Boate Kiss, em 2013, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

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De acordo com o Uol, Luciano estava nervoso e chorou antes de entrar no prédio. Ele passou mal e precisou ser encaminhado para a enfermaria do tribunal.

O julgamento iniciou nesta quarta e deve durar mais de 15 dias.

Além de Luciano, também são réus: Elissandro Callegaro Spohr (sócio da boate Kiss), Marcelo de Jesus dos Santos (músico) e Mauro Londero Hoffmann (sócio da boate Kiss).

Os quatro réus estão sendo julgados por 242 homicídios simples com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, mas sem intenção. Eles também são acusados de 636 tentativas de assassinato.

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Relembre o tragédia

A tragédia na Boate Kiss matou 242 pessoas e deixou 636 feridas em 27 de janeiro de 2013, na cidade gaúcha de Santa Maria. Todas foram vítimas de um incêndio, que começou no palco, onde se apresentava uma banda, e logo se alastrou, provocando muita fumaça tóxica.  

No palco, se apresentava a Banda Gurizada Fandangueira, quando um dos integrantes disparou um artefato pirotécnico, atingindo parte do teto do prédio, que pegou fogo. São réus Elissandro Callegaro Spohr, sócio da boate; Mauro Londero Hoffmann, também sócio; Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, e Luciano Bonilha Leão, produtor musical.

A tragédia, que matou principalmente jovens, marcou a cidade de Santa Maria, conhecido polo universitário gaúcho, e abalou todo o país, pelo grande número de mortos e pelas imagens fortes. A boate tinha apenas uma porta de saída desobstruída. Bombeiros e populares tentavam, de todo jeito, abrir passagens quebrando os muros da casa, mas a demora no socorro acabou sendo trágica para os frequentadores.

A maior parte acabou morrendo pela inalação de fumaça tóxica, do isolamento acústico do teto, formado por uma espuma inflamável, incompatível com as normas de segurança modernas, que obrigam a instalação de estruturas produzidas com materiais antichamas.

Desde o incêndio, as famílias dos jovens mortos formaram uma associação e, todos os anos, no dia 27 de janeiro, relembram a tragédia, a maior do estado do Rio Grande do Sul e uma das maiores do Brasil.

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