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Boate Kiss: ‘se for pra tirar a dor dos pais, me condenem’, diz réu durante julgamento

Nesta quinta-feira, 9, nono dia do julgamento dos réus pelo incêndio na boate Kiss, Luciano Bonilha Leão foi o segundo réu a ser ouvido no tribunal do júri, em Porto Alegre.

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No dia do incêndio que matou 242 pessoas e feriu outras 680 na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, Luciano, que era auxiliar da banda Gurizada Fandangueira, acionou o artefato pirotécnico que iniciou o fogo na boate.

“Tenho consciência tranquila que não foi meu ato que tirou a vida desses jovens. Se for pra tirar as dor dos pais, eu tô pronto, me condenem. Se eu tivesse morrido lá, hoje sentada aqui tem a maior joia da minha vida, que é a minha mãe. Ela ia tá ali sentada com eles [familiares]”, disse.

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O réu contou que a banda já havia feito ao menos nove shows com artefatos pirotécnicos. Ele recorda de duas apresentações com fogos na Kiss. De acordo com ele, todos acreditavam que era seguro. Luciano afirmou ainda que o grupo não sabia que o teto do palco havia sido rebaixado e revestido em espuma.
 
Luciano contou que comprou os artefatos pirotécnicos usado no show a pedido do sanfoneiro Danilo Jaques, que faleceu na tragédia.

“Ele me designou que eu tinha que comprar. O Danilo gostava as coisas tudo certinho. Era muito organizado. Eu cheguei lá, o rapaz [da loja] entregou, e eu levei pro Danilo”.

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