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Planos de saúde ‘já falam’ em aumento de valores por custo de UTI subir para 187% diante da Covid

O custo do paciente internado com Covid-19 nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em hospitais que atendem a planos de saúde teve um aumento de 187%, desde o início da pandemia, segundo pesquisa realizada pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde).

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O argumento ressalta que os custos devem encarecer as mensalidades dos convênios no próximo ano. O professor e pesquisador da USP Mario Scheffer critica a “ameaça” de aumento, desconsiderando a estagnação econômica brasileira em plena pandemia de Covid-19.

A FenaSaúde atribui o aumento do custo de internação ao “aumento da demanda [mais pacientes doentes], dos poucos fornecedores, aumento de custos logísticos, incertezas na economia brasileira e, principalmente, aumento do dólar”.

Para o professor, o custo individual aumentou porque “o tratamento do internado com Covid-19 evoluiu”.

De acordo com o levantamento, um paciente infectado pelo coronavírus que precisou ser internado pelo convênio em UTI em março do ano passado custou R$ 34.200 em média. Esse valor foi crescendo ao longo dos meses até chegar ao pico de R$ 98.300 em agosto deste ano, com pequeno recuo em setembro.

Neste período, segundo a entidade, o tempo médio de internação também aumentou. A partir disso, cada paciente custou R$ 12 mil por dia aos convênios.

De fato, o volume de internados na rede particular vem caindo. O pico foi em março deste ano, quando 336 pessoas foram tratadas em UTI para cada 100 mil beneficiários de planos. Hoje essa relação é de 122, redução contínua desde maio.

“Infelizmente, os beneficiários sentirão os reflexos dos custos altos no reajuste do ano que vem. É muito preocupante essa estabilidade dos custos em patamares tão expressivos, os maiores da série histórica, que podem trazer consequências para a sustentabilidade do sistema”, disse a diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente.

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